As trocas de mensagens encontradas no celular de Juliana Salles revelaram uma série de detalhes sobre a morte de Kauã, 6 anos, e Joaquim, 3 anos, e permitiram que o juiz André Dadalto tivesse informações suficientes para embasar o pedido de prisão da pastora. Foi por meio do aparelho celular que a Justiça descobriu detalhes importantes sobre a convivência das crianças com George e constatou que Juliana sabia do abuso sofrido pelos filhos.
FOTOS
De acordo com as investigações, a pastora nada fez para pôr fim às agressões sofridas pelas crianças. As descobertas surgiram após perícia no celular do pastor George Alves e de Juliana, onde peritos chegaram a encontrar troca de fotos dos meninos machucados.
ABUSO NA PISCINA
Num dos episódios narrados na decisão, o juiz André Dadalto afirma que Juliana tinha conhecimento dos supostos abusos sexuais sofridos pelos seus filhos e vítimas, tanto que em uma conversa entre os acusados (ela e o marido), a vítima Kauã, 6, reagiu emocionalmente após ter sofrido maldades por parte de dois caras na piscina, entretanto, eles não tomaram qualquer medida ou providência em relação ao ocorrido.
"NOJO" DE GEORGE
De acordo a decisão judicial, a pastora tinha ciência do comportamento sexual incompatível com a pregação do marido, já que em troca de mensagens a mesma dizia ter nojo e ele dizia se sentir imundo e um lixo por seus comportamentos.
DESPREZO PELAS CRIANÇAS
O juiz fez questão de ressaltar que os depoimentos prestados por Juliana são contraditórios com os laudos e relatórios feitos nos telefones dela e do marido. Nos depoimentos à polícia, ele (George) dizia ser um bom pai e ter relação harmoniosa com a família, o que não se coaduna com as mensagens trocadas por eles, que demonstram que tinha uma relacionamento conturbado e um desprezo de George pelas crianças, nas palavras do magistrado.
TRANQUILIDADE APÓS MORTE DOS FILHOS
Ainda de acordo com o juiz, que baseou sua decisão nos relatos do Ministério Público do Estado, Juliana demonstrou tranquilidade diante de conversas que teve com sua mãe, onde relata que dormiu bem após o ocorrido.
MEDO DE DAR ERRADO
Numa outra mensagem enviada ao marido quando ele foi intimado a prestar depoimento Juliana diz: Eu não estou preparada para dar errado, assim como afirmou, em conversa com pastores, demonstrando nervosismo, que não sei se vou conseguir ser forte até o final.
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