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Linhares: trocas de mensagens entre pastores baseou decisão de juiz

Linhares: trocas de mensagens entre pastores baseou decisão de juiz

Por meio do aparelho celular Justiça descobriu detalhes importantes sobre a convivência das crianças com George e constatou que Juliana sabia de tudo

Publicado em 21 de junho de 2018 às 15:54

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Juliana Salles e George Alves são acusados pela morte de Kauã, 6 anos e Joaquim, 3 anos. (Marcelo Prest)

As trocas de mensagens encontradas no celular de Juliana Salles revelaram uma série de detalhes sobre a morte de Kauã, 6 anos, e Joaquim, 3 anos, e permitiram que o juiz André Dadalto tivesse informações suficientes para embasar o pedido de prisão da pastora. Foi por meio do aparelho celular que a Justiça descobriu detalhes importantes sobre a convivência das crianças com George e constatou que Juliana sabia do abuso sofrido pelos filhos.

FOTOS

De acordo com as investigações, a pastora nada fez para pôr fim às agressões sofridas pelas crianças. As descobertas surgiram após perícia no celular do pastor George Alves e de Juliana, onde peritos chegaram a encontrar troca de fotos dos meninos machucados.

ABUSO NA PISCINA

Num dos episódios narrados na decisão, o juiz André Dadalto afirma que “Juliana tinha conhecimento dos supostos abusos sexuais sofridos pelos seus filhos e vítimas, tanto que em uma conversa entre os acusados (ela e o marido), a vítima Kauã, 6, reagiu emocionalmente após ter sofrido ‘maldades’ por parte de dois ‘caras’ na piscina, entretanto, eles não tomaram qualquer medida ou providência em relação ao ocorrido”.

"NOJO" DE GEORGE

De acordo a decisão judicial, a pastora “tinha ciência do comportamento sexual incompatível com a pregação” do marido, “já que em troca de mensagens a mesma dizia ter ‘nojo’ e ele dizia se sentir ‘imundo’ e um ‘lixo’ por seus comportamentos”.

DESPREZO PELAS CRIANÇAS

O juiz fez questão de ressaltar que os depoimentos prestados por Juliana são contraditórios com os laudos e relatórios feitos nos telefones dela e do marido. Nos depoimentos à polícia, ele (George) dizia ser um bom pai e ter relação harmoniosa com a família, “o que não se coaduna com as mensagens trocadas por eles, que demonstram que tinha uma relacionamento conturbado e um desprezo de George pelas crianças”, nas palavras do magistrado.

TRANQUILIDADE APÓS MORTE DOS FILHOS

Ainda de acordo com o juiz, que baseou sua decisão nos relatos do Ministério Público do Estado, Juliana demonstrou tranquilidade diante de conversas que teve com sua mãe, onde “relata que dormiu bem após o ocorrido”.

MEDO DE DAR ERRADO

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Numa outra mensagem enviada ao marido quando ele foi intimado a prestar depoimento Juliana diz: “Eu não estou preparada para dar errado”, assim como afirmou, em conversa com pastores, demonstrando nervosismo, que “não sei se vou conseguir ser forte até o final”.

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