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Pedófilo preso em flagrante em Vitória ameaça testemunhas

Pedófilo preso em flagrante em Vitória ameaça testemunhas

Moradores do bairro onde o pedófilo morava procuraram a delegacia para denunciar as ameaças

Publicado em 18 de junho de 2018 às 20:42

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Diniz Horácio da Silva. (Glacieri Carrareto)

Pouco mais de um mês após prender o ex-servidor público municipal Diniz Horácio da Silva, 47 anos, em flagrante por estuprar uma menina de 12 anos, o delegado Lorenzo Pazolini, chefe da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), afirmou que alguns moradores do bairro onde o criminoso morava, em Vitória, disseram ter sido ameaçados. O acusado teria enviado ameaças à testemunhas mesmo estando preso na Penitenciária Estadual de Vila Velha (PEVV 5).

O nome do bairro não será divulgado para preservar as vítimas. “Alguns moradores do local procuraram a delegacia para relatar que haviam sido ameaçados e que temiam que Diniz fosse solto”, afirmou o Pazolini. Ainda de acordo com o delegado, o acusado costumava dizer que “conhecia muita gente”, para coagir os moradores.

A polícia chegou a Horácio após receber denúncias anônimas. "Nós recebemos uma denúncia anônima no dia 19 de abril narrando que, em uma residência de um bairro da Grande Vitória, tinha um grande fluxo, ou seja, um grande 'entra e sai' de adolescentes, principalmente no período noturno", explicou. "Essas adolescentes iam para a casa do acusado com a finalidade de se prostituir. Recebiam dinheiro para manter relações sexuais com o morador e com os amigos dele", informou o delegado no dia da prisão.

Pazolini explicou que, no momento do flagrante, os policiais entraram no quarto e encontaram o homem e uma menina de 12 anos deitados em uma cama vestindo roupas íntimas. “Ao entrar no imóvel, arrombamos o quarto - que estava trancado - e flagramos o momento em que ele tinha acabado de manter relação sexual com a jovem. Ela disse que foi atraída até o local pelo dinheiro. Ele fazia o pagamento de 20 a 50 reais", disse.

Apesar do flagrante, Diniz negava ter mantido relação sexual com a menina. Na última quinta-feira (14), o resultado do exame de DNA comprovou os abusos. “Agora, além de todas as provas que tínhamos, temos uma prova técnica”, afirmou o delegado.

Diniz vai responder por exploração sexual de crianças e adolescentes e estupro de vulnerável. A pena pode variar de 12 a 25 anos.

OUTRAS VÍTIMAS

Segundo a Polícia Civil, outras meninas podem ter sido vítimas do estuprador. Além de Diniz, outras pessoas frequentavam a casa para manter relações sexuais com crianças e adolescentes.

Segundo informação divulgada pelo delegado, o acusado fazia o primeiro contato com as vítimas por rede social. Ele se apresentava, atraía, chamava e convidava as jovens - também oferecia bebidas alcoólicas e, possivelmente, drogas.

Amigos do homem também frequentavam o local. Até o momento dois homens foram identificados. A polícia segue investigando o caso.

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