Um advogado de 56 anos foi preso, acusado de abusar de um casal de crianças de 7 anos, vizinhos dele, no bairro Balneário de Carapebus, na Serra.
Cledimar José de Freitas foi detido durante operação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), na manhã desta sexta-feira (6), em uma residência no Forte São João, em Vitória.
O delegado titular da unidade, Lorenzo Pazolini, contou como o crime ocorreu, no ano de 2006, e os motivos do advogado ter sido preso somente agora.
Segundo depoimento de testemunhas e das vítimas, o menino e a menina estavam brincando no quintal de casa, vizinha à residência de Cledimar, quando ele chegou ao local, segurou os dois e levou à força para dentro do imóvel onde ele morava.
Lá, as vítimas foram amarradas a uma grade da janela, pelas mãos, e tiveram as bocas amordaçadas. Em seguida, o acusado retirou as roupas dos dois e cometeu os abusos.
Ele não chegou a realizar conjunção carnal nessas crianças, mas praticou os atos libidinosos. Mesmo com as bocas tapadas, os dois conseguiram gritar, contou Pazolini.
Neste momento, a vizinha ouviu e, ao perceber que havia sido flagrado, o advogado teria soltado as crianças e permanecido dentro de casa.
Segundo depoimento das vítimas, aquela já era a segunda vez que isso havia acontecido e elas não tinham contado nada a ninguém por terem sofrido ameaças de morte, ressaltou o delegado.
A Polícia Militar foi acionada e, naquele dia, 24 de junho, encaminhou Cledimar para a delegacia. Ele foi ouvido e liberado. Apesar de não ter sido constatado flagrante, a investigação foi iniciada e um processo instaurado na Justiça.
No ano de 2012 Cledimar foi condenado na 4ª Vara Criminal da Serra. Porém, recorreu em liberdade até que, neste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) o condenou em última instância.
Em posse do mandado de prisão, os policiais da DPCA efetuaram a prisão do advogado na manhã desta sexta e o conduziram até a unidade policial.
De lá, Cledimar foi encaminhado à Penitenciária Estadual de Vila Velha II (PEVV II), em Xuri, onde vai cumprir a pena de 8 anos e 2 meses de cadeia. Pazolini explicou a condenação.
Como em 2006 ainda não existia o estupro de vulnerável, que foi instituído em 2009, ele acabou sendo julgado por dois atos libidinosos, o que resulta em uma pena menor. Por dois estupros ele teria respondido por penas de oito a 15 anos de prisão, concluiu.
OUTRO LADO
Em entrevista ao Gazeta Online, na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), o advogado Cledimar José de Freitas, 56 anos, negou as acusações contra ele, afirmando ter sido vítima de uma armação.
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