Um instalador de 43 anos foi indiciado pela equipe da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) nesta quinta-feira (5) suspeito de molestar estudantes, com idade entre 15 e 17 anos, dentro de coletivos da Grande Vitória.
Em coletiva de imprensa, o delegado Lorenzo Pazolini informou que, até o momento, quatro vítimas teriam reconhecido o suspeito. Relatos destas vítimas comprovam que ele ficava nos terminais aguardando as vítimas e seguia até o interior do coletivo e, a partir daí, tentava se aproximar e sentar próximo destas meninas.
"É uma revolta muito grande porque, sem dúvida, é um importunação. Um abuso sexual é um crime lamentável e que infelizmente ainda vem a ocorrer e nós estamos tentando combater, apesar da deficiência legislativa. Infelizmente é um crime que tem uma pena muito baixa - o que acaba sendo um estímulo para que as pessoas de má índole acabem cometendo o delito", declarou o delegado.
Pazolini explicou que este delito é tido como uma contravenção penal, uma infração e, por conta disto, não gera prisão do investigado. "É uma grande deficiência, sobretudo com esse tipo de crime. Ele não fez uma vítima, fez várias. Esse sujeito merecia ficar preso mas, infelizmente, hoje não é possível".
O delegado informou, ainda, que as denúncias chegaram desde agosto de 2017. O homem foi identificado a partir de imagens dos terminais e imagens dos interiores dos coletivos. Uma das vítimas teria conseguido fotografá-lo. Depois disso, equipes da DPCA foram até a residência do suspeito. Ele foi intimado, ouvido pela polícia e se reconhece nas imagens. Apesar disto, o instalador se diz inocente e declara que não cometeu os crimes.
"Tudo indica que, pelo modo de atuação dele, outras vítimas vão começar a se identificar quando este caso se tornar público - e a orientação é essa: qualquer pessoa que tenha sido vítima de um molestador, ou alguém que tenha importunado no interior de um coletivo, procure a DPCA. Estamos na Praça de Jucutuquara, ao lado da Fábrica de Ideias. É fundamental que as pessoas procurem a delegacia", finalizou Pazzolini.
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