Os moradores do condomínio Ourimar, na Serra, que sentiram-se injustiçados com a lista de ordem de despejo da Caixa Econômica Federal deverão provar que estão regulares e com os pagamentos em dia. A relação com 305 imóveis que devem ser desocupados foi elaborada com base em denúncias recebidas e a vistorias e indicações da Prefeitura Municipal da Serra, segundo a Caixa.
Segundo a ordem judicial, a reintegração de posse foi pedida pela Caixa porque as unidades estariam ocupadas irregularmente. Porém, moradores dizem que pagam as taxas e estão sendo vítimas de uma injustiça.
A decisão de reintegração de posse foi repassada na última segunda-feira aos moradores através de um informativo do condomínio, com base na ata de reunião que aconteceu no dia 4 de julho, com a presença da Polícia Militar e Prefeitura da Serra. A ordem de despejo será cumprida entre os dias 13 e 17 de agosto.
Alguns moradores foram surpreendidos com a notificação. Eles afirmam que estão com a compra do imóvel regularizada e, ainda assim, receberam ordem de despejo.
Na última terça-feira, nem a Prefeitura, nem a Caixa, assumiram a responsabilidade pela lista e não foi explicado o critério para a escolha dos imóveis que deveriam ser desocupados.
Já na tarde de ontem, a Caixa procurou a reportagem para afirmar ser a autora da relação, com base em denúncias a vistoria da Prefeitura. E afirmou, por nota, que quem está regular deve provar.
Para as famílias beneficiárias que estão ocupando regularmente seu imóvel, caberá ao beneficiário titular do contrato comprovar a regularidade da ocupação, com a apresentação de comprovante de residência em nome do beneficiário emitidos nos últimos 90 dias e declaração de moradia a ser preenchida e assinada. A comprovação de regularidade de ocupação do imóvel pode ser feita em uma agência da Caixa.
Após a declaração, moradores regulares afirmam estar confusos.
No dia seguinte que a lista ficou disponível no condomínio, os moradores regulares procuraram a Caixa e a Prefeitura, mas a resposta foi que a lista era falsa e que quem era morador regular não precisava se preocupar. Agora a Caixa afirma que a lista é verdadeira e nós temos que provar a regularidade. Estamos perdidos, sem saber no que acreditar. Nem consigo dormir direito, disse uma moradora, de 27 anos, que preferiu não se identificar.
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