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PMs presos após tiroteio com mortes em Cariacica são soltos

PMs presos após tiroteio com mortes em Cariacica são soltos

Os policiais estava detidos Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Espírito Santo. Eles foram libertados na noite deste domingo

Publicado em 2 de julho de 2018 às 10:20

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Militares estavam presos no quartel da PM em Maruípe . (Ricardo Medeiros)

Os quatro policiais militares presos na sexta-feira (29) após um tiroteio que aconteceu na última quarta-feira (27), no bairro Morro Novo, em Cariacica Sede, foram soltos na noite deste domingo (1°). Por meio de nota, a Polícia Militar informou que, "em um Estado Democrático de Direito, as decisões judiciais são devidamente acatadas e que o processo seguirá seu curso regular".

Na ocasião da prisão, os militares foram autuados em flagrante pelo crime de homicídio previsto no Código Penal Militar no que se refere à morte de Renan Xavier da Silva, de 24 anos. A decisão foi tomada pela Corregedoria da corporação alegando que os quatro PMs cometeram erros operacionais. No mesmo local, o aposentado Nelson Antônio, de 66 anos, morreu após ser atingido por uma bala perdida dentro de casa enquanto participava de um culto. 

"Nas oitivas nós identificamos atuações dos nossos policiais militares que não condizem com o padrão orientado e exigido pela PM do ES. Identificamos erros, falhas, operacionais, que convergiram para uma formação de opinião, com a necessidade de autuação em flagrante desses policiais", pontuou o coronel Arilson Marcelo Martinelli, corregedor-geral da Polícia Militar.

Cinco policiais militares participaram da ação, mas somente quatro foram autuados. Dois estavam em serviço e os outros dois de folga.

Sobre a morte do idoso, a corregedoria disse que ainda não pode se pronunciar. "Com relação ao outro homicídio, nós não temos condições técnicas de afirmar qualquer coisa, em razão de não termos as análises periciais concluídas, como perícia de armas", disse o Coronel Martinelli.

Entre os quatro soldados, um deles não teria participado efetivamente da situação, mas se omitiu de agir na ação dos colegas, por isso foi autuado por homicídio.

Os soldados — que fazem parte do 7º Batalhão da Polícia Militar de Cariacica — estavam presos no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Espírito Santo. "O auto de prisão em flagrante foi encaminhado ao judiciário, a Auditoria de Justiça da Policia Militar Estadual, que vai se posicionar com relação ao procedimento". De acordo com Martinelli, o prazo para a conclusão do inquérito é de 20 dias.

Mais detalhamentos sobre o caso não foram passados para não atrapalhar a investigação.

"DECISÃO FOI JUSTA", DIZ ASSOCIAÇÃO DE CABOS E SOLDADOS

Para o presidente da Associação de Cabos e Soldados, sargento Renato Martins Conceição, o judiciário tomou a decisão certa ao libertar os policiais, uma vez que não havia motivos para mantê-los presos.

"A gente avalia a decisão como medida justa por parte do judiciário. Não havia justificativa para manter eles presos. A própria decisão do juiz que concedeu a liberdade afirma que o argumento para mantê-los preso não era substancial. A testemunha que eles arrumaram não era suficiente para confrontar o que disseram os policiais. Foi precipitada a prisão, uma vez que não tinha perícia, não tinha nada que os incriminasse. Agora, corrigiram um erro", declarou.

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