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Policiais recuperam submetralhadoras furtadas de delegacia em Vitória

Policiais recuperam submetralhadoras furtadas de delegacia em Vitória

O furto foi descoberto na manhã de segunda-feira (9) quando policiais da unidade chegaram para trabalhar

Publicado em 11 de julho de 2018 às 19:16

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Policiais da DPCA, Denac e da Patrimonial realizam buscas no bairro Cruzamento e no Macaco, em Vitória, com auxílio da Polícia Militar. ( Vitor Jubini - GZ)

“É triste e constrangedor ver um filho sendo preso depois de tanto lutar para ele ser alguém melhor”. O desabafo é de um policial da reserva, pai de Gleidson Felipe da Silva Barcelos Gomes, de 20 anos. O jovem é acusado de participar do roubo das duas submetralhadoras da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) no último fim de semana. 

Segundo o policial da reserva, ele não denunciou o filho na Delegacia Especializada de Segurança Patrimonial porque sequer sabia que o Gleidson estava com as armas. Porém, colaborou com a investigação após ser abordado pela polícia na porta de casa, no morro do Romão, em Vitória. 

“Eu estava em casa quando vi a movimentação de policiais na minha porta. Perguntei o que estava acontecendo e eles disseram que estavam procurando o Gleidson. Me mostraram uma foto do meu filho segurando as duas submetralhadoras. Eu não menti, disse que era mesmo o meu filho, que ele não estava em casa, mas que eu iria ligar para ele para que tudo fosse resolvido”, contou. 

Por telefone, o jovem inicialmente negou ao pai que estava com as armas. Após ser pressionado, ele assumiu que estava apenas com uma submetralhadora. Com medo de ser preso, Gleidson afirmou que um amigo levaria a arma até a casa do pai, para que sei genitor a devolvesse à polícia. 

“Fiquei esperando e pela tarde da última terça-feira um rapaz colocou a arma no portão. Com meu advogado, a levei até a delegacia. O delegado desconfiou e disse que queria as duas submetralhadoras. Falei que eu era policial, dei minha palavra e pedi até sexta-feira para resolver isso. Liguei novamente para meu filho, insisti, e falou que a segunda arma estava na casa de um amigo na Serra”, lembrou. 

O amigo era Edilan Figueiredo Pinheiro, de 23 anos, morador do bairro Novo Horizonte. De acordo com o pai de Gleidson, o filho estava buscando a segunda arma quando a polícia apareceu na residência.

Outra afirmação da polícia que o pai de Gleidson questiona é de que o jovem era um dos chefes do tráfico do Morro do Romão. 

“Meu filho é usuário de maconha, isso eu posso ter certeza. Por mais que eu sempre tenha dado um bom exemplo, tentando levá-lo para o lado certo. Mas ele nunca furtou nada, nunca teve passagem pela polícia”, disse. 

 Já Edilan, de acordo com a polícia, possui passagens por roubo e porte ilegal de arma. Ele é acusado pela polícia de dar cobertura aos criminosos que invadiram e roubaram a delegacia.

Segundo a polícia, além das duas submetralhadoras, foram encontradas com os detidos 42 munições ponto 40, seis carregadores, 500 gramas de maconha, 416 buchas de maconha, além de um monitor e uma câmera que também foram furtados da DPCA.

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Os dois foram autuados por tráfico, associação ao tráfico, associação criminosa, porte ilegal de arma e furto. Outros dois criminosos continuam sendo procurados pela polícia.

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