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'Entrou para as estatísticas', diz pai de PM assassinado em Vila Velha

"Entrou para as estatísticas", diz pai de PM assassinado em Vila Velha

Corpo de Anderson Borges da Silva, 29 anos, foi liberado pela família, na manhã de desta terça-feira (14). "Tinha um futuro brilhante pela frente", lamenta madrasta

Publicado em 14 de agosto de 2018 às 15:06

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Corpo do PM foi liberado na manhã desta terça-feira no DML de Vitória. (Caique Verli)

O corpo do policial militar Walter Anderson Borges da Silva, 29 anos, foi liberado pela família, na manhã de desta terça-feira (14), em Vitória. Abalados, os pais do militar preferiram não conversar com a imprensa. O PM foi assassinado com um tiro na noite de segunda-feira, no bairro Jardim Colorado, Vila Velha.

Os primeiros a chegarem no Departamento Médico Legal (DML), foram o pai e a madrasta de Walter, por volta das 8 horas. Eles estavam acompanhados de representantes da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e permaneceram durante todo o processo de liberação sentados na recepção do DML.

O pai de Walter pediu que o momento da família fosse respeitado e disse apenas que o filho iria entrar para as estatísticas. Já a madrasta do policial, falou que: “o enteado tinha um futuro brilhante pela frente.”

A mãe do PM chegou ao DML por volta das 9h30, amparada por familiares e carregando a farda do filho. Ela entrou e saiu do local sem falar com a reportagem. O corpo do militar foi levado para ser velado no Quartel da Polícia Militar e o enterro acontece no Cemitério Municipal de Santo Antônio, em Vitória.

O CRIME

O policial militar Walter Borges, 29 anos, morreu após ser baleado, na noite desta segunda-feira (13), no bairro Jardim Asteca, em Vila Velha. Ele chegou a ser encaminhado ao Hospital Antônio Bezerra de Farias, no mesmo município, mas não resistiu.

O soldado Borges pertencia à Companhia Independente de Missões Especiais (Cimesp) – antigo Batalhão de Missões Especial (BME). Segundo informações iniciais, ele teria sido baleado na costela, mas o tiro atingiu o coração. Borges estava de folga, acompanhado da esposa – que está grávida – em uma festa infantil no bairro Jardim Asteca.

Soldado Borges pertencia à CIMEsp. (Rede Social)

O crime aconteceu por volta das 21 horas. Segundo testemunhas, ele havia saído do evento para buscar algo no carro quando foi baleado. As circunstâncias do crime, no entanto, ainda não foram esclarecidas pela polícia. O atirador fugiu e não foi localizado.

Após o crime, dezenas de policiais se concentraram na porta do hospital. No entanto, ninguém quis falar com a imprensa. Investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também estiveram no local, mas, procurados pela reportagem, não quiseram se pronunciar.

Borges era lotado no 4° Batalhão e tinha 10 anos de serviço. Ele faria 30 anos no próximo mês. Ele deixa uma filha de 2 anos, de outro relacionamento, e a esposa, de 29 anos, que está grávida.

Em uma rede social, o capitão Assumção lamentou o crime. “Uma noite bastante triste. Bandidos balearam o soldado Borges da Cimesp. O nosso herói chegou a ser socorrido, mas veio a óbito. Descanse em paz, guerreiro. Deus console e conforte o coração dos amigos, familiares e todos os irmãos de pano. Até quando? Que Brasil é esse?”, desabafou.

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Na mesma rede social, vários colegas de farda também expressaram as condolências pela morte de Walter.

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