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Lei Maria da Penha: 7 formas de escapar de um relacionamento abusivo

Lei Maria da Penha: 7 formas de escapar de um relacionamento abusivo

A violência pode não ser apenas física, mas também patrimonial e psicológica; fique atenta aos sinais e saiba como procurar ajuda

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 18:32

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Violência contra a mulher. (Pixabay)

Nesta terça-feira (7), a Lei Maria da Penha completa 12 anos e, desde então, muitas mulheres têm denunciado mais situações de violência dentro de casa. Só no primeiro semestre deste ano foram 7.664 boletins nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs). E para sair de um relacionamento violento, existem orientações que podem ajudar.

A titular da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher no Espírito Santo, Cláudia Dematté, e uma das delegadas do Plantão Especializado da Mulher, Milena Girelli, são claras: todas as mulheres precisam procurar ajuda ao se incomodarem com alguma situação no relacionamento.

A violência pode não ser apenas física, mas também patrimonial - quando a mulher depende financeiramente do homem - ou psicológica, quando é ameaçada ou sofre com insultos e outras situações. 

VEJA AS ORIENTAÇÕES

- Se percebeu alguma coisa estranha dentro no relacionamento, mas ainda não quer denunciar, a orientação é procurar psicólogos na Casa do Cidadão. “Temos assistentes sociais, psicólogos que podem ajudar a entender se a mulher passa ou não por uma situação de violência”, diz Milena.

- Dificuldades financeiras e depressão também podem fazer do homem uma pessoa violenta dentro de casa. A busca por ajuda psicológica mais uma vez vem como possível solução.

- Há situações em que o marido só age de forma violenta quando está sob efeito de álcool ou drogas, mesmo sendo uma pessoa de bom convívio fora desses momentos. “O tratamento pode ser uma solução. Muitas mulheres não querem terminar o relacionamento, mas querem ajudar o homem. Tem que estar com o coração aberto para que não se leve para a questão jurídica. Prender nunca é melhor opção”, declarou.

- Projeto “Homem que é Homem”: os homens também podem passar por tratamento psicológico promovido pela Polícia Civil. O tratamento visa reeducar o homem, retirando ideais machistas que o acompanham desde a infância e também reforçam a violência contra a mulher.

- A busca por ajuda também pode acontecer em centro especializadas das prefeituras. Em Vila Velha existe o Centro de Referência no Atendimento Especializado à Mulher em Situação de Violência Doméstica de Vila Velha (Cramvive) e em Vitória o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (CRAMSV).

- A Polícia Civil pode ser procurada a qualquer momento, mesmo que seja apenas para pedir orientações. Existem 13 delegacias especializadas na Grande Vitória e no interior, além do Plantão Especializado da Mulher (PEM), que funciona durante 24 horas em Vitória. Denúncias podem ser feitas também pelo Disque Denúncia, no 181 ou por meio do site em uma aba específica (clique aqui)

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- A mulher que tenta escapar do homem e não consegue também pode pedir uma medida protetiva. “O homem precisa ficar afastado de acordo com a determinação da Justiça e não pode nem entrar em contato com a mulher com a possibilidade de ser preso e autuado de forma inafiançável na esfera policial”, explica a delegada Cláudia Dematté.

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