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Mulher mata marido com facada na virilha na Serra

Mulher mata marido com facada na virilha na Serra

Alcoolizada, Edilandia de Aguiar Pereira acertou o marido. Familiares e vizinhos não souberam dizer o que motivou a ação da mulher

Publicado em 11 de agosto de 2018 às 19:26

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Familiares e vizinhos não souberam dizer o que motivou a ação da mulher. (Bianca Vailant)

Uma briga de casal acabou em homicídio na noite desta sexta-feira (10), no bairro Lagoa de Jacaraípe, na Serra. Alcoolizada, Edilandia de Aguiar Pereira acertou o marido, o ajudante de pedreiro Paulo de Souza Santos, de 35 anos, com uma facada na virilha, por volta das 23h. O homem morreu antes de chegar no hospital.

Familiares e vizinhos não souberam dizer o que motivou a ação da mulher, mas contaram que as brigas eram constantes. “Ela bebia e batia nele. Ele nunca levantou a mão pra ela, mas eles brigavam muito”, contou o cunhado da vítima, Márcio Aguiar de Jesus, de 21 anos.

Foi Márcio o primeiro a ficar sabendo do homicídio. De acordo com o auxiliar de serviços gerais, poucos minutos antes da confusão, ele estava na casa da irmã.

“Eu estava lá na casa deles. Estava tudo bem, eles estavam em pé conversando. Vim para casa e pouco tempo depois tudo aconteceu”, contou.

Márcio contou que pouco tempo depois dele ter chegado em casa, a irmã apareceu em seu portão assustada e segurando uma faca.

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Ela chegou aqui desesperada. Veio correndo e gritando no meio da rua. Estava segurando uma faca e falando que tinha dado uma facada no Paulo

Márcio Aguiar de Jesus, cunhado da vítima
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Márcio disse que assim que ficou sabendo da história correu para a casa da irmã para tentar ajudar o cunhado, mas ele já havia perdido muito sangue.

“Ele ainda não estava morto, estava reagindo. Mas tinha perdido muito sangue. Eu vi que ele estava praticamente morto”, contou.

Um vizinho também tentou ajudar. “Eu estava na igreja e o irmão dela me chamou para ajudar. A ambulância demorou muito para chegar, colocamos ele em um carro e levamos para o hospital”, disse o gari Josué Araújo Santos, de 31 anos.

CHOQUE

Josué contou também que toda a vizinhança ficou em choque depois do homicídio. “O nosso bairro é muito calmo, nunca aconteceu nada assim antes. É muito triste”, contou.

O gari também disse que Paulo era um homem muito querido na região. “Eles são de uma família muito boa, trabalhadores. Todo mundo gostava muito dele”, completou.

A família de Edilandia também sentiu muito a perda. “O Paulo estava sempre alegre, era uma pessoa muito querida. Mesmo com todos os problemas sempre foi muito cuidadoso. Um ótimo pai”, lamentou Mariluci dos Santos Bispo, cunhada de Edilandia.

BRIGAS

Mariluci contou que depois de passarem 12 anos juntos, o casal havia se separado. “Ela largou ele, estava morando com outro. Mas esse novo companheiro batia muito nela, aí o Paulo foi lá, resgatou ela e trouxe para morar com ele outra vez”, disse.

Ainda segundo Mariluci, a cunhada não trabalhava e o marido sustentava o vício da esposa em álcool. “Ele saía para trabalhar e ela ia para o bar. Fazia dívida de cachaça nos bares e ele que pagava tudo”, contou.

Na quinta-feira desta semana, Edilandia teria falado que queria matar o marido, mas a cunhada não acreditou. 

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Ela estava muito bêbada, não acreditei. Mas ela me falou que se não matasse ele na quinta, da sexta ele não passava

Mariluci dos Santos Bispo, cunhada de Edilandia
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De acordo com informações da Polícia Civil, Edilandia de Aguiar Pereira foi autuada por homicídio e será encaminhada ao presídio.

Procurada pela reportagem para esclarecer oficialmente a dinâmica do homicídio, a assessoria de imprensa da Polícia Civil respondeu que as informações iniciais da ocorrência seriam de responsabilidade da assessoria de imprensa da Polícia Militar, que por sua vez respondeu, em nota, que “ocorrências geradas e encerradas em plantões anteriores, durante finais de semana e feriados, não ficam disponíveis para o acesso da assessoria de comunicação”.

CASAL TEM QUATRO FILHAS

As quatro filhas do casal haviam sido levadas pelo Conselho Tutelar há cerca de três meses. “A neném precisava de um leite especial, mas a Edilandia não se preocupava em comprar. Ela estava sempre bêbada e não cuidava da filha”, explicou Mariluci dos Santos Bispo, cunhada de Edilandia.

Ainda segundo a cunhada, o Conselho iria devolver as crianças para a família caso o casal voltasse a morar junto, o que motivou ainda mais Paulo a buscar uma reconciliação com a esposa.

“Ele estava muito feliz. Ia visitar as crianças no domingo e tinha chance delas voltarem para casa com eles”, contou.

A família contou que as crianças, de 11, 8 e 4 anos, além da bebê de 6 meses, eram muito bem tratadas por Paulo.

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Ele era um paizão. Sempre muito carinhoso e atencioso com as meninas, fazia de tudo por elas

Mariluci dos Santos Bispo, cunhada de Edilandia
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