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PM que matou jovem já atirou dentro de boate na Praia do Canto

PM que matou jovem já atirou dentro de boate na Praia do Canto

Em dezembro de 2015, o militar deu dois tiros no chão e os estilhaços atingiram seis pessoas. Patrick Ramos Guariz responde pelo caso na Justiça

Publicado em 18 de agosto de 2018 às 20:02

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Thalita do Carmo, 19, morreu após disparo de policial em boate da Serra. (Internauta | Gazeta Online)

O policial militar Patrick Ramos Guariz, 26 anos, que atirou contra um segurança e matou uma jovem, de 19 anos, na porta de uma boate, na Serra, na madrugada deste sábado (18), responde na Justiça por outra confusão dentro de uma casa noturna. Em dezembro de 2015, o militar deu dois tiros no chão e os estilhaços atingiram seis pessoas dentro de uma boate na Praia do Canto, em Vitória. 

Assim como aconteceu na madrugada deste sábado (18), em 2015 a confusão também aconteceu no momento em que o policial deixava o estabelecimento. Na época, Guariz entrou na boate armado, ficou no local por quatro horas e, na hora de pagar a conta, furou a fila. A atitude do militar irritou os clientes, que reclamaram com o segurança. 

Depois que um dos clientes reclamou que o PM estava passando na frente dos outros na fila de pagamento, o policial pegou a carteira militar e esfregou, literalmente, na cara do cliente, dizendo "sou policial". Os dois começaram a discutir e foram separados por seguranças. O policial, então, sacou a arma e tentou ir em direção ao cliente. Um dos seguranças apartou e o policial deu dois tiros de pistola .40 no chão. As balas estilhaçaram e acertaram as pernas do segurança e de outras cinco pessoas. 

Havia 180 pessoas dentro da boate, que entraram em pânico. As portas da casa noturna também tiveram que ser abertas para evitar pisoteamentos. O policial colocou a arma da cintura e se retirou do local, mas foi ameaçado do lado de fora por outros clientes. A Polícia Militar foi acionada, e o PM foi conduzido para a Divisão de Homicídios.

PM PAGOU FIANÇA E NÃO FICOU PRESO

Na época da confusão na boate da Praia do Canto, em Vitória, a Polícia Civil informou, por nota, que  as vítimas não estiveram na delegacia para representar, sendo assim, não cabia autuação por lesão corporal. Patrik foi autuado por disparo de arma de fogo, pagou fiança e foi liberado.

A nota afirmava ainda que caso caso ficasse confirmado que Guariz utilizou arma de fogo de forma desnecessária e abusiva, ele iria responder a um processo administrativo demissionário. 

A última audiência do caso, que continua na Justiça, aconteceu em fevereiro de 2018.

CORREGEDOR FALA SOBRE A CONFUSÃO DE 2015

Em entrevista coletiva na tarde deste sábado, para falar sobre o procedimento administrativo que será aberto contra Patrick Ramos Guariz, no crime que vitimou a jovem Thalita do Carmo, e um segurança da boate na Serra, o corregedor da Polícia Militar, coronel Alessandro Juffo, citou o caso de 2015 e informou que, pela confusão na boate da Praia do Canto, o PM cumpriu 20 dias de cadeia.

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"Ele foi punido, mas como o crime não foi grave, visto que ele foi autuado por disparo em via pública. Na época, acabou retornando ao serviço logo após deixar a cadeia. Desde então, estava na Força Tática do 6º BPM", disse Juffo.

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