> >
Prefeitura estuda apagar recado de criminosos em muro de Vila Velha

Prefeitura estuda apagar recado de criminosos em muro de Vila Velha

Mesmo obedecendo as regras impostas pelo crime em muro, o carro da família de Thaís de Oliveira Rodrigues foi atingido pelos disparos neste sábado

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 17:07

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
'Abaixe vidro do carro', diz pichação em avenida onde jovem foi morta. (Reprodução/TV Gazeta)

O secretário de Defesa Social e Trânsito de Vila Velha, coronel Oberacy Emmerich Júnior, conversou com a reportagem do Gazeta Online, no início da tarde desta segunda-feira (20), sobre as pichações em muros do bairro Morada da Barra, que fazem um alerta aos motoristas que passam pelo local. Segundo Oberacy, a prefeitura vai conversar com a Polícia Militar sobre as ações que serão adotadas quanto às pichações.

A ENTREVISTA

A prefeitura pretende fazer alguma coisa em relação aos muros pichados por criminosos em Morada da Barra?

A gente ainda não recebeu nenhuma reclamação relacionada ao que vocês estão falando aí. Mas, em geral, a comunidade faz contato ou a própria PM, que é responsável pelo policiamento ostensivo, em geral, faz contato pedindo apoio pra gente apagar, se ela for fazer algum trabalho lá, se ela considerar importante fazer algum trabalho lá. Às vezes, a meninada picha essas coisas, mas as lojas estão abertas, escola está funcionando, está tudo direitinho e a polícia está fazendo o policiamento, então eles não mexem. A própria comunidade liga para o 162 ou 181 e pede.

Mas o senhor não acha que a morte dessa jovem não é motivo para a prefeitura ir lá e apagar?

É motivo sim. Lógico que é. Com certeza absoluta. Mas a PM tem que estar junto disso e até agora eles não fizeram contato. Eu vou fazer contato com o comandante da 13° Cia Independente e perguntar se ele quer que, em conjunto, a gente faça alguma ação lá e até procure esses lugares para poder mexer. Às vezes, a situação está apaziguada e a PM considera melhor não mexer em nada, mas a prefeitura está à disposição para ajudar naquilo que for possível.

Por que não é uma atitude da prefeitura? Ela espera a polícia pedir para fazer?

Exatamente. Às vezes tem alguma investigação em curso que a gente não sabe. E você se arvora em fazer qualquer coisa e acaba atrapalhando a investigação. Então é melhor esperar para poder a PM e a Polícia Civil, que deve estar fazendo algum tipo de investigação. A P2 deve estar fazendo algum tipo de investigação, se a gente entra mexendo em qualquer coisa, a gente pode acabar atrapalhando. De qualquer forma, nós estamos à disposição. Agora à tarde, provavelmente, nós vamos nos contactar e vamos ver o que fazer.

Com a Polícia Civil ou a Militar?

Com as duas.

Tem alguma área em Vila Velha em que a prefeitura e a polícia não entrem?

Não. Não tem nada que não seja importante a esse ponto de uma guarnição nossa não entrar. Muitas vezes, o medo das pessoas é maior do que está acontecendo mesmo. Por enquanto, nós não chegamos a nenhuma informação importante que chegue a ponto de qualquer ação da prefeitura estar parando. Por exemplo: colégios, coleta de lixo, garis varrendo, tudo está funcionando normalmente. Quando o serviço público está entrando e não tem problema é sinal que, embora a situação seja grave, não está tão fora do normal assim.

Uma menina tão nova morrendo assim, aparentemente sem nenhum assalto, as pessoas já chegaram atirando. É algo que assusta muito...

Este vídeo pode te interessar

Quase sempre são eles mesmos se conflitando por causa de ponto de droga. Isso não é só aqui. Tem no Brasil inteiro acontecendo. Em Vitória está acontecendo e, em Vila Velha, também em alguns pontos acontecem. Mas, pelo o que estou vendo, não tem nada fora do controle não. O policiamento continua sendo feito, as escolas funcionando, serviço social, as creches funcionando.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais