A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, concluiu o inquérito que apurava o crime de homicídio contra os universitários Fabio Siveira Costa, 23 anos e Matheus de Oliveira Mauad, 24anos. Os amigos foram mortos no dia 24 de março de 2017, quando saiam, de carro, de uma academia no bairro Cocal, em Vila Velha.
As investigações da polícia concluíram que Gláucio Nunes da Silva, conhecido como Miguel, 30 anos, foi o responsável pelo crime. Preso desde o dia 26 de julho deste ano, em cumprimento a um mandado de prisão temporária, ele foi indiciado por duplo homicídio qualificado, motivo fútil e sem possibilidade de defesa das vítimas. Segundo a polícia, Gláucio possui registros criminais por porte ilegal de arma de fogo, posse de drogas para uso pessoal e violência doméstica.
Gláucio foi submetido a quatro interrogatórios durante as investigações, em cada um deles a versão apresentada foi diferente. No primeiro depoimento ele negou envolvimento no crime. Já no segundo informou que falaria apenas em juízo. No terceiro depoimento ele confessou autoria dos crimes e alegou como motivação o fato de estar sob o efeito de entorpecentes, fato que o fez acreditar estar sendo perseguido pelas vítimas. Já no último optou novamente por falar apenas em juízo.
"Eram jovens trabalhadores", diz delegado
Apesar de ter alegado, em um dos depoimentos, estar sob efeitos de entorpecentes quando cometeu o crime, Gláucio chegou a comentar com algumas pessoas ter cometido o crime por ciúmes de sua companheira, e que uma das vítimas teria passado a mão no cabelo dela durante uma festa ocorrida na Praia de Itaparica, em Vila Velha.
No entanto, a namorada do autor confirmou ter participado da festa, mas negou que alguém tenha passado a mão no cabelo dela. Ficou comprovado durante as investigações que somente uma das vítimas esteve na festa, mas pessoas que o acompanhavam no evento negaram que ele tenha passado a mão no cabelo da namorada de Gláucio.
Ambas as vítimas eram estudantes universitários, trabalhavam, praticavam esportes e não tinham envolvimento com drogas. Ou seja, nada que desabonasse a conduta deles, disse o delegado delegado Ricardo Almeida, responsável pela DHPP de Vila Velha.
Após a conclusão do inquérito o indiciado foi denunciado pelo Ministério Público e teve sua prisão preventiva decretada pela Juíza da 4ª Vara Criminal de Vila Velha.
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