O jovem de 22 anos executado na noite desta segunda-feira (3) pediu ajuda pelo celular antes de morrer. De acordo com informações da Polícia Militar, um grupo de criminosos foi à casa de Hiarlley Pedrosa Poloni, em Itararé, e o convocaram para uma reunião com outros traficantes no alto do Morro da Penha.
Ao chegar ao local, ele se viu cercado por pessoas armadas e começou a mandar mensagens pelo celular pedindo socorro para conhecidos. Hiarlley disse que estava temeroso e achando que seria morto. Acionada, a polícia foi ao local.
Enquanto a Força Tática do 1° Batalhão da Polícia Militar fazia o patrulhamento no alto do morro, outras ocorrências de disparos foram geradas e Hiarlley foi atingido por mais de 20 tiros de calibre 12, .40 e 9 milímetros, em uma escadaria do bairro Consolação.
A assessoria de imprensa da PM informou que um dos tiros que atingiu o rosto da vítima foi de uma escopeta calibre 12. Sobre as investigações, a PM afirma que ficam a cargo da Polícia Civil.
Ainda de acordo com a PM, as informações colhidas no local dão indícios de que Hiarlley tinha envolvimento com o tráfico de drogas.
PÂNICO
No meio do tiroteio e dos fogos de artifício para anunciar a chegada da polícia, a população da região se escondia em casa, com medo de ser atingida por balas perdidas.
REDE SOCIAL
Uma amiga de Hiarlley deixou uma mensagem lamentando a morte do jovem no Facebook. Além de falar da perda, ela destacou a tatuagem no rosto do amigo, que diz, em inglês, 'fuck'.
"CLARAMENTE QUEREM IMPOR MEDO"
O comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Geovanio Ribeiro, concedeu entrevista no início da tarde desta terça-feira (4) para falar sobre a situação no Complexo da Penha, em Vitória, após o assassinato de Hiarley Pedrosa Poloni, 22 anos, morto com mais de 40 tiros, na noite anterior.
Segundo Ribeiro, o crime foi claramente uma execução e a quantidade de disparos efetuados pelos bandidos é para criar uma sensação de medo na comunidade.
"Claramente eles querem impor o medo aos moradores e estamos trabalhando para evitar que esse tipo de crime aconteça. As informações que estamos recebendo, repassamos à Polícia Civil, responsável por investigar o caso", afirmou.
Ainda de acordo com o comandante, uma equipe de policiais militares está sendo treinada especificamente para o combate a crimes nas áreas de morros da Capital.
"São 28 policiais que estão na fase final de treinamento e irão atuar nessa área, em específico. Todos os recursos que temos, a gente tenta direcionar para o combate a homicídios e prevenção de crimes", destacou.
Com informações de Victor Muniz
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