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Família de jovem morto em Cocal contesta versão de criminoso

Família de jovem morto em Cocal contesta versão de criminoso

Matheus de Oliveira Mauad, de 24 anos, morreu juntamente com o amigo Fábio Silveira Costa, de 23, após Gláucio Nunes da Silva atirar contra eles

Publicado em 26 de setembro de 2018 às 20:45

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Fábio Costa e Matheus Mauad foram mortos em Vila Velha. (Reprodução)

A família de Matheus de Oliveira Mauad, de 24 anos, que foi assassinado juntamente com o amigo Fábio Silveira Costa, de 23, no dia 24 de março de 2017, por Gláucio Nunes da Silva, vulgo "Miguel", contesta as duas versões apresentadas pelo criminoso que matou os amigos. Para os familiares, a motivação do crime ainda é um mistério.  

A família afirma que, no dia 22 de janeiro de 2017, quando aconteceu a festa em que o assassino afirma ter visto um dos amigos, Matheus estava em casa. O advogado de defesa da família de Matheus, Julio Cesar Randow Santana, reiterou ainda que testemunhas negam que Fábio tenha passado a mão no cabelo da namorada do assassino, como afirma o bandido.

O assassino, ainda segundo o depoimento que fez à polícia, também teria feito menção de que estava sob efeito de drogas no dia em que cometeu o crime e que não planejou atirar nos jovens. Por sua vez, a família de Matheus, através do advogado de defesa, pontua que o atirador aguardou à espreita a chegada de Matheus e Fábio para efetuar os primeiros disparos. A família diz ainda que Gláucio, enquanto atirava, teria conseguido resolver rapidamente um problema na arma utilizada, que travou, o que, segundo a defesa, comprova que o acusado tinha conhecimento sobre o defeito que a arma apresentou.

Gláucio Nunes da Silva, o Miguel, segue preso. (Reprodução/Polícia Civil)

Mesmo com as contestações, a família de Matheus sente-se aliviada com a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta quarta-feira (26). Além disso, agradeceu o empenho demonstrado pelos policiais que ajudaram durante os 545 dias que durou o processo de investigação para que provas fossem coletadas e confrontadas a fim de solucionar o caso.

As investigações concluíram que Gláucio Nunes da Silva foi o responsável pelo crime. Preso desde o dia 26 de julho deste ano, em cumprimento a um mandado de prisão temporária, ele foi indiciado por duplo homicídio qualificado, motivo fútil e sem possibilidade de defesa das vítimas. Segundo a polícia, Gláucio possui registros criminais por porte ilegal de arma de fogo, posse de drogas para uso pessoal e violência doméstica. 

Gláucio foi submetido a quatro interrogatórios durante as investigações, em cada um deles a versão apresentada foi diferente. No primeiro depoimento ele negou envolvimento no crime. Já no segundo informou que falaria apenas em juízo. No terceiro depoimento ele confessou autoria dos crimes e alegou como motivação o fato de estar sob o efeito de entorpecentes, fato que o fez acreditar estar sendo perseguido pelas vítimas. Já no último optou novamente por falar apenas em juízo.

O CRIME

Os amigos Matheus e Fábio foram assassinados no dia 24 de março de 2017, no bairro Cocal, em Vila Velha, após saírem de uma academia de carro. O crime aconteceu por volta das 23h30, quando o estudante de Engenharia do Petróleo Matheus Mauad, e o calouro de Direito Fábio Costa, estavam dentro de um carro modelo Agile prata, na Rua 13, em frente à casa onde Matheus morava com a família.

De acordo com testemunhas, os dois tinham acabado de sair da academia no carro de Fábio. Ele parou para deixar o Matheus e depois seguiria para casa, na Rua 12, paralela ao local onde o amigo morava.

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O suspeito, Gláucio, vestia um moletom de cor preta com capuz sobre a cabeça e bermuda. Ele chegou a pé, parou ao lado da porta do carona, sacou a arma e atirou.

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