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Mulher queimada por ex na Serra tem perna amputada

Mulher queimada por ex na Serra tem perna amputada

A diarista Marciane Pereira dos Santos precisou amputar a perna esquerda; o procedimento foi realizado na tarde desta segunda-feira (24)

Publicado em 24 de setembro de 2018 às 22:31

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Marciana, diarista queimada pelo ex na Serra. (Arquivo Pessoal)

Há mais de duas semanas internada no hospital, a diarista Marciane Pereira dos Santos, 36 anos, queimada pelo ex-marido, na Serra, passou por mais uma batalha para conseguir manter-se viva: uma cirurgia para amputação da perna esquerda. O procedimento foi realizado na tarde desta segunda-feira (24) .

Marciane está internada na Unidade de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Jayme dos Santos, em Morada de Laranjeiras, desde o dia 08 de setembro. Ela deu entrada na unidade de saúde depois que o ex-marido, o cadeirante André Luiz dos Santos, 36, jogou solvente contra a diarista e ateou fogo. Ela está com 40% do corpo com queimaduras de terceiro grau.

“Pelo que nos foi explicado, o sangue já não circulava mais e por isso teve que ser amputado um pouco acima do joelho. A pneumonia também piorou e minha irmã está recebendo sangue”, afirmou Juliana do Santos, uma das irmãs de Marciane. A diarista está sedada. As visitas foram suspensas nesta segunda-feira.

A necessidade do sangue faz com que os familiares façam um apelo aos doadores. “Quem puder, doe. Pode ser qualquer tipo de sangue, só dar o nome da minha irmã”, pediu Juliana. As doações de sangue podem ser feitas nos Hospital Dório Silva, na Serra, ou no Hemoes, em Maruípe, Vitória.

A irmã Juliana disse que a diarista vinha de uma melhora significativa. "No sábado, ela estava respondendo, tiraram os sedativos. Mandava beijinho quando a gente pedia, mexia os lábios como quem quisesse falar, interagia. Ela sempre foi muito animada e agitada. Mas no dia seguinte, voltou à sedação", contou.

Sobre a conclusão do inquérito apresentado nesta segunda pelo delegado Janderson Lube, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher, a família disse que é o mínimo que deve acontecer ao ex-marido. “O fato dele estar preso não vai fazer minha irmã ficar bem novamente, como era antes. Mas é uma Justiça sendo feita, dá um conforto. Eles tinham um filho juntos, voltaram e terminaram várias vezes. Ele humilhava minha irmã, xingava e ofendia. Mesmo assim, ela cuidou dele por muito tempo”, comentou Juliana.

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