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Mulher rastreia carro roubado e diz que polícia se negou a recuperá-lo

Mulher rastreia carro roubado e diz que polícia se negou a recuperá-lo

Vítima foi rendida em Coqueiral de Itaparica por três criminosos; ela foi à delegacia e ouviu que "não poderiam ir ao bairro por conta da briga de traficantes que existe em Terra Vermelha''

Publicado em 20 de setembro de 2018 às 01:57

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Fotógrafa teve carro roubado em Vila Velha nesta segunda. (Reprodução/TV Gazeta)

"Os policiais me informaram que não poderiam recuperar meu carro." A frase é de uma mulher que foi rendida por criminosos na noite da última segunda-feira (19), em Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha, e teve o carro e outros pertences, entre eles o celular, roubados. Através de um aplicativo de rastreamento, a vítima conseguiu identificar a localização de seu veículo e, na sequência, foi até a Delegacia Regional de Vila Velha para fazer um boletim de ocorrência. Contudo, mesmo após passar as informações aos policiais que estavam na delegacia, ela teria sido respondida que "não poderiam ir ao bairro por conta da briga de traficantes que existe no local", relata.

A vítima, que não quis se identificar, conta que estava parada com o carro em um semáforo, quando foi surpreendida por três homens armados. Ela disse que foi obrigada a saltar e teve o veículo levado pelos criminosos, que também exigiram que ela deixasse a bolsa e o aparelho celular.

"Naquele medo, tentei arrancar com o carro, mas um dos bandidos bateu no vidro do meu carro com o revólver e pediu para eu largar tudo. Depois, me tiraram do carro, pediram que eu deixasse a bolsa e levaram o veículo", explicou.

Depois de conseguir a localização do automóvel, que estava em Terra Vermelha, a vítima foi até a delegacia, mas, segundo ela, não recebeu o apoio esperado. A fotógrafa conta que os policiais justificaram que não poderiam ir em busca do carro por conta da guerra de facções que acontece em Terra Vermelha. 

Local onde fotógrafa foi rendida por três criminosos em Vila Velha. (Reprodução/TV Gazeta)

"Os policiais disseram que não fariam nada naquele momento devido à briga de traficantes e também por causa do horário. Foi quando resolvi ir ao local. Com a orientação dos moradores da região, entramos no bairro com a luz de dentro do carro acesa e vidros abertos. Lá estava tudo deserto, não havia pessoas nas ruas e, durante o tempo que ficamos no bairro, nenhuma viatura passou por nós", relata.

Sem uma resposta da polícia, a mulher agora tem planos de ir morar fora do Brasil no próximo ano para tentar fugir da violência. "O Brasil é um país lindo para se viver, o clima é ótimo, mas a questão da insegurança é um problema. Não temos paz, tranquilidade e as coisas só pioram. O jeito é ir embora do país", concluiu.

O OUTRO LADO

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Sobre a alegação da fotógrafa de que os policiais da Delegacia Regional de Vila Velha se recusaram a ir ao local onde estava o carro, a Polícia Civil informa, em nota, que os servidores nos plantões nas delegacias regionais não saem para atender às ocorrências nas ruas. Para essas solicitações, ainda segundo a PC, o cidadão tem sempre à disposição o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes-190). Denúncias de qualquer tipo de comportamento inadequado podem ser feitas na Corregedoria de Polícia.

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