A Polícia Civil continua as investigações para identificar a quadrilha responsável pela explosão de uma agência do Sicoob em Santa Maria de Jetibá, Região Serrada do Estado. Até o momento, ninguém foi localizado.
O delegado responsável pelas investigações, Romualdo Gianordoli, disse com exclusividade ao Gazeta Online, que a ação dos criminosos pode ter relação com um movimento chamado Novo Cangaço, que aterroriza cidades do Nordeste e de Minas Gerais.
Na madrugada da última terça-feira, a quadrilha utilizou explosivos para destruir caixas eletrônicos. A ação aconteceu por volta das 1h40 da madrugada e durou aproximadamente 20 minutos.
De acordo com a Polícia Civil, ainda não é possível afirmar a quantia levada pelos criminosos, mas pela capacidade de armazenamento dos caixas, o valor pode chegar a R$60 mil.
Além de coletar imagens, informações e periciar a agência, a Polícia Civil investiga se um carro, encontrado carbonizado ainda na tarde de terça-feira, teria sido usado pelos criminosos.
A Polícia Militar também afirmou que, além de trabalhar de forma integrada com a Polícia Civil, irá intensificar o policiamento na região a fim de restabelecer a tranquilidade do local.
O NOVO CANGAÇO
Os cangaceiros modernos são conhecidos por sitiarem pequenos municípios, geralmente no interior, explodir caixas eletrônicos e levar pânico aos moradores.
O crime pode sim ter relação com o Novo Cangaço. Os criminosos explodiram a agência e saíram intimidando os moradores, fazendo disparos de arma de fogo para o alto, disse Gianordoli, titular da Delegacia Especializada de Roubo a Banco.
Romualdo explicou ainda que a proximidade do Estado com Minas Gerais e Bahia pode ter possibilitado que crimes com esses cruzassem as divisas. Não vemos muitas ações desse tipo aqui no Espírito Santo. O Novo Cangaço é muito forte no Nordeste. Por acontecer muito em estados que são nossos vizinhos, esse movimento pode sim estar chegando aqui, afirmou.
OUTROS CASOS
O roubo que aconteceu na última terça-feira e não foi o primeiro. A agência do Sicoob já foi alvo dos criminosos outras seis vezes, entre tentativas e crimes consumados.
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