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Que fim levou o caso do PM acusado de matar esposa e colega na Serra?

Que fim levou o caso do PM acusado de matar esposa e colega na Serra?

O soldado da reserva José Luiz de Souza é o principal suspeito de crime ocorrido em 2016, na pracinha de Feu Rosa

Publicado em 10 de setembro de 2018 às 17:29

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Onde está José Luiz de Souza? O policial militar da reserva é acusado de ter matado a mulher e um colega de farda, na praça do bairro Feu Rosa, na Serra, em agosto de 2016. Nesta segunda-feira (10), a Polícia Militar publicou no Diário Oficial, que ainda está à procura do militar, que se encontra foragido desde a data do crime. A publicação afirma que, após três avisos, se o policial não se apresentar, a PM "dará prosseguimento ao processo à sua revelia".

O soldado da reserva responde a procedimento administrativo de cunho demissionário e é acusado pelo Conselho de Disciplina da PM de "denegrir a imagem da Corporação, afetando o sentimento do dever, a honra pessoal, o pundonor policial militar e o decoro da classe, visto que, em tese, praticou duplo homicídio qualificado", diz o texto publicado no Diário Oficial.

"Para que no futuro ninguém possa alegar ignorância ou mesmo cerceamento do direito de ampla defesa, expediu-se o presente edital, que será publicado por três vezes consecutivas, tendo sido afixada uma via deste no quadro de avisos do QCG (Corpo da Guarda), dando ciência de que o não comparecimento do acusado implicará no prosseguimento do processo à sua revelia, com a nomeação de Defensor", explica o texto.

A PUBLICAÇÃO

(DIO | ES)

A CORPORAÇÃO

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar afirmou que "não coaduna com as condutas adversas àquelas que servem de pilar e valor institucional" e explicou que a publicação no Diário Oficial foi a alternativa encontrada para citar o policial da reserva, uma vez que não foi possível localizá-lo.

"O presidente do Conselho de Disciplina, procedimento administrativo de cunho demissionário, vale-se do Diário Oficial para citar o policial militar da reserva remunerada envolvido em crime, dada a impossibilidade em localizá-lo. Reforçamos nossa fidelidade ao povo capixaba na garantia de lisura em nossas atuações. Ressaltamos, pelo mesmo motivo, que agimos de acordo com o estado democrático de direito, na garantia das liberdades individuais e direito ao contraditório, seguindo os trâmites legais que a norma exige", diz a nota.

O CRIME

Rua onde ocorreu crime, em Feu Rosa, na Serra. (Carlos Alberto Silva)

O crime aconteceu na tarde do dia 11 de agosto de 2016, por volta das 17h30. Moradores da região viram quando o soldado da reserva, José Luiz de Souza, foi até a praça de Feu Rosa, seguiu em direção ao colega Vitor Paulo Lima - também policial militar -, e atirou contra a cabeça da vítima. Vitor morreu na hora.

Em seguida, José Luiz foi até a casa onde morava com a esposa, Elza Vesper Wesphal, de 50 anos, e também a matou. Após a ação, o militar fugiu.

Na época, a polícia afirmou que trabalhava com a hipótese do crime ser passional. José Luiz e Elza estavam juntos havia 15 anos. Familiares e vizinhos contaram que o relacionamento do casal era conturbado devido ao ciúme excessivo do policial reformado.

Velório de Elza Vesper, em 2016. (Ricardo Medeiros | Arquivo | GZ)

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