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Dupla é presa por morte de policial em Cariacica; um segue foragido

Dupla é presa por morte de policial em Cariacica; um segue foragido

Alessandro Ferrari, 46 anos, foi morto ao fazer um movimento para ajeitar a camisa e esconder dos criminosos a arma que estava na cintura

Publicado em 30 de outubro de 2018 às 15:17

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Juan Luiz Inoch e Márcio Vinicius de Jesus Ribeiro foram presos. Julismar Corrêa da Silva está foragido. (Divulgação)

Três suspeitos de matar o policial civil Alessandro Ferrari, na noite do último domingo (28), em Cariacica, foram identificados. Dois deles, Márcio Vinicius de Jesus Ribeiro, de 18 anos, apontado como um dos autores dos disparos, e Juan Luiz Inoch de Oliveira, de 25 anos, conhecido como "Orelha", foram presos nesta segunda-feira (29). Julismar Corrêa da Silva, de 24 anos, também suspeito de atirar no investigador e ficar com a arma do policial civil, permanece foragido.

Após uma força tarefa da polícia para encontrar os possíveis autores do crime, que terminou com a morte do policial civil, de 46 anos, na noite do último domingo (28), em Morada de Santa Fé, Cariacica, uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (30) foi realizada com o secretário de Segurança Nylton Rodrigues, o delegado-geral da Polícia Civil, Guilherme Daré, e delegados José Lopes, José Darcy Arruda e Eduardo Passamani.

De acordo com as informações da polícia, os três suspeitos atuavam juntos em roubos de carros na região e, no domingo (29), saíram por volta de meio dia para procurar um nova vítima. Foi então que, às 18h, encontraram o policial parado com o carro na rua, um Corolla, e Alessandro do lado de fora do veículo.

A esposa e a sogra do policial estavam no veículo. Neste momento, Julismar desceu do carro em que os assaltantes estavam, já armado. Márcio também saiu do carro e Juan ficou no volante. O policial levantou as mãos, entrou na linha de tiro entre Julismar e a esposa e a sogra, para protegê-las. Alessandro teria ficado com receio dos assaltantes verem a arma na cintura e, para que isso fosse evitado, ele teria abaixado os braços para ajeitar a camisa.

Alessandro Gomes Ferrari policial civil morto após tentativa de latrocínio em Cariacica. (DIVULGAÇÃO)

Com o movimento, Julismar atirou, ferindo o policial no peito e Márcio entrou no veículo que seria roubado. Nesse momento ele viu a carteira funcional da Polícia Civil e avisou Julismar que Alessandro era policial.

Alessandro, de acordo com informações da polícia, teria conseguido sacar a arma e atirar contra Julismar. Márcio saiu do carro e estava atrás do policial quando efetuou um disparo na nuca da vítima, pegou a arma do policial e a entregou para Julismar, que disparou mais um tiro contra o policial, o atingindo no rosto. Os dois entraram no carro e fugiram, levando a arma do policial.

BUSCAS

Durante a coletiva, as autoridades informaram que, desde a noite de domingo (28), a polícia fez um 'pente-fino' para rastrear suspeitos que atuem em roubo de carros na região em que o crime aconteceu. Vários suspeitos foram detidos e levados para averiguação no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

Nesse período, a polícia também recebeu denúncias anônimas com as identificações de Julismar, Márcio e Juan.

Juan foi o primeiro a ser localizado, por ser dono do carro usado no crime. O veículo foi encontrado na casa do sogro dele, em Mucuri, Cariacica, e o suspeito foi preso no mesmo bairro.

Em seguida, Márcio também foi detido, mesmo após tentar fugir para o bairro Dom Bosco, em Cariacica, local em que foi preso, na tarde desta segunda-feira (29).

Os dois foram autuados em flagrante por latrocínio e podem ter pena de 25 a 30 anos de prisão. Julismar permanece foragido e há suspeitas de que ele esteja com a arma do policial e também com a pistola usada no crime.

ENVOLVIMENTO COM TRÁFICO

Armas e drogas apreendidas durante diligências. (Bernardo Coutinho)

Na ação de busca pelos suspeitos, no bairro Mucuri, em Cariacica, a polícia encontrou nas casas averiguadas um revolver calibre 357, uma arma calibre 32, uma espingarda caseira de calibre 12, 800 gramas de crack, 2,5 kg de maconha, 1 kg de cocaína divididos em pinos para o comércio.

Os artefatos, segundo a polícia, dão a entender que a quadrilha também tem envolvimento com o tráfico de drogas da região do bairro.

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Com informações de Victor Muniz

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