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'Ele nem gostava de praia', diz mãe de professor afogado em Fundão

"Ele nem gostava de praia", diz mãe de professor afogado em Fundão

Segundo a mãe, que também é professora de biologia, Rodrigo estava muito feliz nos últimos tempos pelas realizações profissionais

Publicado em 14 de outubro de 2018 às 17:49

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Angela foi ao DML fazer a liberação do corpo do filho. (Bernardo Coutinho )

A mãe do jovem que morreu afogado em Praia Grande, em Fundão, neste sábado (13), disse que o filho, o professor de biologia Rodrigo da Fonseca Cáo, de 24 anos, não costumava ir à praia e não era muito próximo do mar, mesmo morando em região litoral.

A professora Angela Maria da Fonseca, de 45 anos, conta que, como o clima estava mais quente neste sábado (14), ele chamou o irmão, um universitário de 19 anos, para entrar no mar. “Ele nunca gostou de praia. Ele foi porque a temperatura estava muito alta. Ele foi e não voltou, aí começaram as buscas”, disse.

Segundo a mãe, que também é professora de biologia, Rodrigo estava muito feliz nos últimos tempos, e tinha relatado essa situação ao pai neste sábado, antes de pular na água. Isso porque ele foi contratado pela Prefeitura de Viana para lecionar, mais de dois anos após se formar na área e trabalhar apenas cobrindo férias de outros docentes.

O professor de biologia Rodrigo da Fonseca Cáu, de 24 anos, morreu afogado enquanto surfava com o irmão em Praia Grande, em Fundão. (Arquivo pessoal)

“Ele estava feliz, mesmo saindo cedo de casa e chegando muito tarde - por causa da distância de onde ele trabalhava", ressaltou.

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Poucas vezes vi meu filho tão feliz e já fazia planos para o futuro

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Entre os planos que a mãe cita estava o de fazer mestrado, já em 2019. “Esse era o primeiro ano dele lecionando. Ele é técnico de enfermagem também, e estava aguardando uma oportunidade em uma das áreas”, ressaltou, dizendo que ele conseguiu um emprego na área em que mais se sentia feliz.

Rodrigo começou a fazer biologia por causa da mãe, que é da área e aconselhou o filho no passado a optar pelo curso - algo que ele fez por influência, mas acabou gostando ainda mais depois, de acordo com ela. O professor morava com o pai e sempre tinha uma boa relação com o único irmão, de 19 anos. Para a mãe, vai ficar a saudade apertando o peito.

“Na memória de mãe fica muita coisa boa, ele era um menino muito sorridente, feliz, sonhador e que tinha boa relação com todo mundo. Era um bom filho, meu tudo. Na semana passada os ex-alunos dele em Nova Almeida perguntaram quando ele voltaria para vê-los. Ele disse que seria em novembro, mas infelizmente agora não vai poder mais ir”, finalizou, emocionada.

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O corpo de Rodrigo será sepultado nesta segunda-feira (15) no Cemitério de Nova Almeida.

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