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Filho de vidraceiro: 'Ele era meu herói, deixa um legado de paz'

Filho de vidraceiro: "Ele era meu herói, deixa um legado de paz"

Emerson Antônio dos Reis, 43 anos, morreu dentro do Hucam após quebra-quebra na unidade; família não acredita em versão de surto

Publicado em 12 de outubro de 2018 às 22:58

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Emerson Reis, organizador do Campeonato de Rolimã , deu entrevista para a TV Gazeta no dia 17 de setembro. ( Reprodução/TV Gazeta)

Um dos filhos mais velhos de Emerson, Arthur dos Reis, 16 anos, contou que o pai deixou um legado de paz para o Bairro da Penha. “Ele era meu herói. O projeto do rolimã parava a guerra no morro e deixava só a diversão”, contou.

O vidraceiro Emerson Antônio dos Reis, de 43 anos, morreu dentro do Hospital das Clínicas, em Vitória, na madrugada desta sexta-feira (12). De acordo com a polícia, ele chegou ao local muito alterado, pulou uma janela, quebrando o vidro com a própria cabeça. Depois, ao retornar pela mesma janela, bateu a cabeça na quina de um banco. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. A família do vidraceiro questiona essa versão e diz que Emerson foi agredido.

Quando foi a última vez que falou com seu pai?

Era 21h30 quando o vi, pois passou pela nossa lanchonete, conversou comigo, e foi ficar com o pessoal no bar da minha tia, como fazia às vezes.

Como soube o que tinha acontecido?

Minha mãe me acordou hoje, às 8h30, e foi contando aos poucos.

O que aconteceu?

Meu pai saiu do bar e foi parar no hospital. Ele foi pedir socorro, pois às vezes ficava com a cabeça cheia, a pressão subia. Precisava de uma ajuda.

Quem era Emerson?

É uma pessoa simples, cidadão de bem, trabalhador, vivia em prol da família, ajudava até quem ele não conhecia. Ficava feliz coma felicidade dos outros. Nunca vivemos de luxo, ele sempre ajuda quem ele via que estava precisando, tivesse que tirar do bolso dele para ajudar os outros, ele fazia. Ele fazia o bem mesmo quando estava pra baixo.

 O que representava o projeto de Rolimã?

O evento acontece todo ano, as pessoas se envolvem e até a guerra no morro para. É um evento de paz, para juntar todos e pra se divertir. Meu pai deixou um legado que vamos continuar, manteremos os eventos de rolimã, pois ele queria que assumíssemos isso. Tenho muito orgulho do meu pai.

O que esperam agora?

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Quero que seja investigado o que realmente aconteceu e que o culpado seja cobrado.

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