A prisão em flagrante do pai
foi convertida em prisão preventiva durante audiência de custódia que aconteceu nesta segunda-feira (1º).
Na decisão, o juiz que julgou o caso explica que a dinâmica do crime é suficiente para oferecer evidências da periculosidade do suspeito e, por isso, a prisão preventiva foi decretada.
O homem é suspeito de bater no bebê, que tem 27 dias e está internado em estado grave com traumatismo craniano no Hospital Infantil, em Vitória. Ele negou a violência e disse que o filho mais velho, que é autista, teria jogado o irmão no chão.
Vizinhos e parentes confirmaram a versão do pai e ressaltaram que a família, que mora em Cariacica, vive em uma situação de vulnerabilidade social. Esta foi a terceira vez que o bebê deu entrada na mesma unidade, com machucados pelo corpo, sempre acompanhado pelo pai e socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel (Samu).
O homem foi transferido para o Centro de Triagem de Viana.
CONSELHO TUTELAR
O irmão do recém-nascido também está sob a guarda do Conselho Tutelar de Cariacica. De acordo com o pai, que teve a prisão preventiva decretada nesta segunda-feira (1), o menino de 5 anos é autista e teria jogado o irmão recém-nascido no chão.
Segundo uma agente do Conselho Tutelar, em entrevista à TV Gazeta, a criança de 5 anos teria sido levada, inicialmente, para a casa de uma tia. Fomos até a residência para ver se algum familiar poderia acompanhar o bebê no hospital. Chegando lá, vimos que a criança estava em uma situação de risco, por isso o levamos para a casa de uma tia, explicou.
Ainda segundo a agente, a mãe do menino tentou recuperar a criança, e por isso o Conselho precisou intervir. A mãe foi na casa da tia da criança, houve um conflito e ela tentou levar a criança de volta para casa, para o risco. Aí o Conselho precisou acolher essa criança institucionalmente, concluiu.
A criança segue acolhida e o caso será acompanhado de perto pelo Conselho Tutelar de Cariacica. Assim que o bebê tiver alta, o Conselho irá analisar se o recém-nascido será entregue aos familiares ou se também será acolhido institucionalmente.
Sobre a versão apresentada pelo pai das crianças, que alega ter sido o filho, de 5 anos, quem agrediu o bebê, a agente não descarta a possibilidade. Ainda não há certeza se foi a criança quem agrediu o bebê, mas por se tratar de uma criança autista, forte, pode ter acontecido, afirmou.
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