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Terceiro acusado de matar policial civil é preso na Serra

Terceiro acusado de matar policial civil é preso na Serra

Julismar Corrêa da Silva, de 24 anos, foi preso no bairro Portal de Jacaraípe, na Serra

Publicado em 31 de outubro de 2018 às 20:31

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A prisão de Julismar Corrêa da Silva, de 24 anos, aconteceu no bairro Portal de Jacaraipe, na Serra. (Divulgação)

O terceiro e último suspeito acusado de matar o policial civil Alessandro Gomes Ferrari foi detido na tarde desta quarta-feira (31). Julismar Corrêa da Silva, de 24 anos, foi preso no bairro Portal de Jacaraípe, na Serra. 

De acordo com o titular do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Eduardo Passamani, o acusado teria fugido para Viana e percebeu que a polícia realizava buscas pela região. Foi então, que ele alugou um quarto na Serra, onde permaneceu até esta quarta-feira (31). Com o suspeito, não foi encontrado a arma usada para assassinar o policial e nem a que foi roubada da vítima. 

A polícia ainda disse que após a divulgação da imagem dos três acusados de matar Alessandro, outras vítimas entraram em contato com a polícia e afirmaram que foram assaltadas pelo trio.

O suspeito será ouvido pela polícia e dever se encaminhado para o Centro de Triagem de Viana. 

DOIS FORAM PRESOS EM CARIACICA

Márcio Vinicius de Jesus Ribeiro, de 18 anos, apontado como um dos autores dos disparos, e Juan Luiz Inoch de Oliveira, de 25 anos, conhecido como "Orelha", foram presos nesta segunda-feira (29). Julismar Corrêa da Silva, de 24 anos, também suspeito de atirar no investigador e ficar com a arma do policial civil, ainda estava foragido.

Após uma força tarefa da polícia para encontrar os possíveis autores do crime, que terminou com a morte do policial civil, de 46 anos, na noite do último domingo (28), em Morada de Santa Fé, Cariacica, uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (30) foi realizada com o secretário de Segurança Nylton Rodrigues, o delegado-geral da Polícia Civil, Guilherme Daré, e delegados José Lopes, José Darcy Arruda e Eduardo Passamani.

De acordo com as informações da polícia, os três suspeitos atuavam juntos em roubos de carros na região e, no domingo (29), saíram por volta de meio dia para procurar um nova vítima. Foi então que, às 18h, encontraram o policial parado com o carro na rua, um Corolla, e Alessandro do lado de fora do veículo.

A esposa e a sogra do policial estavam no veículo. Neste momento, Julismar desceu do carro em que os assaltantes estavam, já armado. Márcio também saiu do carro e Juan ficou no volante. O policial levantou as mãos, entrou na linha de tiro entre Julismar e a esposa e a sogra, para protegê-las. Alessandro teria ficado com receio dos assaltantes verem a arma na cintura e, para que isso fosse evitado, ele teria abaixado os braços para ajeitar a camisa.

Com o movimento, Julismar atirou, ferindo o policial no peito e Márcio entrou no veículo que seria roubado. Nesse momento ele viu a carteira funcional da Polícia Civil e avisou Julismar que Alessandro era policial.

Alessandro, de acordo com informações da polícia, teria conseguido sacar a arma e atirar contra Julismar. Márcio saiu do carro e estava atrás do policial quando efetuou um disparo na nuca da vítima, pegou a arma do policial e a entregou para Julismar, que disparou mais um tiro contra o policial, o atingindo no rosto. Os dois entraram no carro e fugiram, levando a arma do policial.

O CASO

Um investigador da Polícia Civil identificado como Alessandro Gomes Ferrari, 46 anos, foi assassinado na noite deste domingo (28). O crime ocorreu no bairro Morada de Santa Fé, em Cariacica, quando o policial estava indo buscar a amiga de uma das filhas para a festa da menina que fez aniversário neste domingo.

De acordo com o coronel Nylton Rodrigues, secretário Estadual de Segurança Pública, por volta das 19 horas, Alessandro e a esposa estavam voltando de carro da igreja antes de buscar a menina.

Alessandro Gomes Ferrari policial civil morto após tentativa de latrocínio em Cariacica. (DIVULGAÇÃO)

Já segundo o presidente da Associação dos Investigadores de Polícia Civil do Estado, Júnior Fialho, Alessandro tinha um bolo de aniversário no carro, e junto com ele estava a esposa. "Ao parar o veículo para encontrar uma amiga da filha, a vítima foi abordada por três criminosos. Ele não ofereceu resistência e começou a andar de costas. O policial tropeçou em um buraco e caiu deitado", contou.

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Ainda segundo Fialho, devido ao movimento brusco, os criminosos acharam que Alessandro reagiria ao assalto: "Efetuaram disparos contra ele e fugiram. Eles não levaram nada da família", disse.

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