> >
5 casos em que pais foram presos por algum tipo de agressão ao filho

5 casos em que pais foram presos por algum tipo de agressão ao filho

Em sete meses, cinco casos de brutalidades contra crianças tiveram como autoria dos crimes os próprios pais ou responsáveis

Publicado em 7 de novembro de 2018 às 22:17

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Os irmãos Kauã e Joaquim, estuprados e incendiados ainda vivos no dia 21 de abril em Linhares. (Facebook)

Em um período de apenas sete meses, cinco casos de agressão contra crianças no Espírito Santo culminaram na prisão dos próprios pais. São vítimas que moravam e confiavam em seus agressores, e acabaram agredidas, estupradas ou até mesmo assassinadas. 

RELEMBRE OS CASOS

1. Irmãos carbonizados em Linhares

O crime que chocou o Espírito Santo foi o caso envolvendo o pastor George Alves, que estuprou o próprio filho, Joaquim Alves Salles, e o enteado, Kauã Salles Butkovsky antes de agredir e atear fogo nas crianças ainda vivas. Os crimes ocorreram no dia 21 de abril, na casa onde a família morava, no Centro de Linhares, Região Norte do Estado.

No dia 19 de junho, a mãe das vítimas, Juliana Salles, também foi presa na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. A promotora Rachel Tannenbaum, da 2ª Promotoria Criminal de Linhares acusou a pastora de ter reconhecimento do risco que as crianças sofriam por estarem sozinhas com George, o que caracterizou omissão. Mas, nesta quarta-feira (7), após ficar presa por quatro meses, a Justiça concedeu a liberdade provisória para Juliana.

(Cedoc | Rede Gazeta)

2. Matou filho após 'ouvir vozes' 

Mais uma criança foi vítima de crueldade no dia 16 de agosto deste ano. Artur Moura Silva, de 5 anos de idade, foi agredido e morto pelo próprio pai, Adeildo Souza da Silva, em Dores do Rio Preto, na Região do Caparaó. À polícia, ele confessou e disse que cometeu o crime após 'ouvir vozes'. De acordo com a Polícia Civil, a mãe, Luane Monique Silva, de 28 anos, também foi presa por presenciar as agressões contra o filho e não agir contra o marido.

(Cedoc | Rede Gazeta)

3. Asfixiado pelos pais em Cachoeiro de Itapemirim 

Tamires dos Santos Ferreira, de 31 anos, e Giuliano do Santos Fonseca, de 46 anos. (Divulgação | Polícia Civil)

Luiz Gustavo dos Santos, de 9 anos, foi encontrado morto dentro do banheiro de um conjunto habitacional em Cachoeiro de Itapemirim, região Sul do Estado, no dia 16 de outubro. O padrasto, Giuliano dos Santos Fonseca, e a mãe, Tamires dos Santos Ferreira, foram presos acusados de terem praticado o crime. De acordo com o delegado Felipe Vivas, o laudo apontou que o menino foi morto por asfixia mecânica. A hipótese de estupro foi descartada.

4. Ex-padrasto estuprou enteada na Serra

Uma adolescente foi estuprada pelo ex-padrasto e teve a casa onde morava incendiada pelo acusado, no dia 26 de outubro, no bairro Hélio Ferraz, na Serra. O homem ainda teria tentado jogar uma criança de dois anos pela janela. O motivo seria a procura por um filho

À reportagem, um motorista de aplicativo, que era dono da residência, disse que a sogra possui sete filhos e um deles é do acusado. Ele ainda afirmou que o homem já esteve no local outras vezes procurando pela ex-mulher e pelo filho.

Outra motivação seria o fato da adolescente ter contado à família que foi estuprada pelo suspeito quando tinha 11 anos. O suspeito foi preso pela polícia na última segunda-feira (5). A mãe também foi detida pois, para o delegado, ela sabia dos crimes de estupro cometido pelo ex-companheiro.

(Cedoc | Rede Gazeta)

AGRESSÕES NO ES

No dia 18 de outubro, o Gazeta Online publicou um levantamento no qual informava que entre outubro de 2017 e setembro deste ano, 570 inquéritos de crimes contra crianças e adolescentes foram abertos. Ou seja, por dia, quase duas crianças foram vítimas de violência no Estado neste período. As informações são da Polícia Civil do Espírito Santo, que afirma ainda que 70% desses casos são referentes a abusos sexuais. Entre as vítimas de estupros, 80% são do sexo feminino.

Este vídeo pode te interessar

À reportagem, o delegado Erico Mangaravite, da DPCA, contou que o abusador geralmente é uma pessoa que tem uma relação de confiança com a vítima, como um parente ou um amigo da família.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais