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Bandidos abusam de vendedora durante arrastão em Cariacica

Bandidos abusam de vendedora durante arrastão em Cariacica

Entre os criminosos está um adolescente de 17 anos; todos foram detidos

Publicado em 12 de novembro de 2018 às 23:14

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Vendedora vítima dos bandidos em Cariacica. (Glacieri Carraretto)

Criminosos encapuzados abusaram sexualmente de uma vendedora e usaram violência contra outras vítimas durante um arrastão, no início da tarde desta segunda-feira (12), em Cariacica. Um dos assaltantes chegou a morder um morador que o tentou impedir de fugir.

Segundo a Polícia Militar, a gangue formada por dois jovens, de 22 e 19 anos, e um adolescente de 17 anos, estava em um veículo Cobalt de cor cinza. O carro era roubado e circulava com uma placa adulterada.

Por volta de 12h20, os suspeitos passaram por dois jovens metalúrgicos, de 22 e 17 anos, que seguiam a pé para almoçar durante o intervalo do trabalho, no bairro Santana. “Eles passaram pela gente e pararam mais à frente. Quando nos aproximamos, dois deles desceram do carro armados e exigiram os celulares”, contou um dos metalúrgicos, de 22 anos.

O outro rapaz, porém, não quis entregar o aparelho e foi alvo de uma coronhada no peito. “Eu já sofri um assalto, por isso não entreguei. Mas depois vi que a arma era de verdade e tive que entregar”, contou jovem mostrando a marca no peito deixada pelo cano da arma.

ABUSO SEXUAL

Os bandidos seguiram para um roubo, dessa vez no bairro vizinho, Nova Valverde. O alvo foi uma vendedora, de 27 anos, que estava a caminho do trabalho. O carro passou por ela e, novamente, os dois caronas - o adolescente de 17 anos e o suspeito de 22 anos - desceram e apontaram as armas para a vítima.  

Ela entregou a bolsa e, ainda procurando o celular da vítima, um dos criminosos molestou a vendedora. “Colocaram as duas armas na minha cabeça. Depois, tive que passar pela humilhação de um deles passar a mão no meu corpo pra me revistar”, afirmou.  O celular estava dentro da blusa da vendedora e não foi descoberto pelos criminosos.

Ao perceberem a aproximação de uma viatura da Polícia Militar, os criminosos entraram no carro  e seguiram no sentido Rodovia José Sete. A PM perseguiu os suspeitos, que mesmo com todas as ordens de parada não se renderam, avançando pela rodovia em alta velocidade e batendo em outros carros.

Carro usado pelos bandidos. (Glacieri Carraretto)

Ao chegar ao bairro Santana, o Cobalt da gangue bateu em um outro veículo e perdeu o controle. Assim que o carro parou, os três se espalharam, saindo em fuga pelo bairro.

Outras viaturas foram acionadas, um cerco foi montando com ajuda do helicóptero da PM. O suspeito de 19 anos, que conduzia o Cobalt, foi encontrado escondido em um matagal. Já o adolescente portava uma pistola nas mãos e, entre um muro e outro que pulou para escapar, se deparou com um PM à paisana, que deu voz de prisão ao menor. Ele tentou reagir, mas o militar fez três disparos e deteve o adolescente.

MORDIDA

O terceiro detido, de 22 anos, invadiu o quintal de uma casa e foi surpreendido pelo morador, um conselheiro tutelar de 43 anos. “Eu chegava do hospital, com a minha esposa operada, quando ouvi a vizinha gritando. O ladrão veio na minha direção, correndo, e colocou a mão na cintura como se estivesse armado. Tive que dar uma ‘voadora’ nele, joguei ele no chão e o imobilizei”, contou o conselheiro.

Para escapar, o bandido mordeu o braço esquerdo do conselheiro, que teve que largá-lo. O suspeito chegou a correr para a rua, depois de já ter pulado o muro de duas casas - um deles de dois metros de altura - mas quando ganhou a rua, se deparou com os PMs e acabou preso.

(Glacieri Carraretto)

Os três suspeitos foram levados para a Delegacia Regional de Cariacica. O carro também foi apreendido. No interior do veículo foram encontrados dois celulares, tocas ninjas e também a bolsa da vendedora.

CONFISSÃO

O suspeito de 19 anos, que dirigia o carro do bando de Nova Rosa da Penha, disse que foi a primeira vez que fez um assalto. “Eu estou desempregado. Conseguimos comprar o carro um dia antes, por R$ 500, mas o vendedor disse que poderíamos andar normalmente. A ideia de roubar foi de todos os três”, disse.

Já o adolescente, que estava armado no momento dos assaltos, disse que comprou a arma por R$ 4 mil na feira do Aribiri. “Não me arrependo de nada não. Não atirei de volta no policial porque não quis”, afirmou.

Os nomes dos suspeitos não estão sendo divulgados porque eles ainda prestam depoimento na delegacia e não foram autuados. 

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