A Polícia Civil vai investigar se a execução do ex-subtenente da Polícia Militar, Dulcindo do Carmo Machado, ocorrida na manhã deste domingo (11), na saída de uma festa Rave, em Guarapari, pode ter ligação com o tráfico de drogas.
Ao que tudo indica, segundo o plantonista da Delegacia Regional de Guarapari, delegado Josafá da Silva, Dulcindo e o outro homem morto junto com ele, identificado como Marcelo Lima Rangel, 31 anos, o "ML", estariam no local vendendo drogas e foram mortos em um acerto de contas.
"O Marcelo tem diversas passagens pela polícia, entre elas por tráfico de drogas. Ele era morador de Vila Velha e foi expulso por traficantes da região de Ilha dos Ayres e ameaçado de morte", informou Josafá.
Dulcindo e Marcelo chegaram à festa acompanhados de uma moça, que também ficou ferida na hora do crime. A mulher levou um tiro de raspão na mão. Ela correu e conseguiu escapar.
Já o ex-subtenente e Marcelo não tiveram a mesma sorte. O primeiro a ser morto foi Dulcindo, com 15 tiros, de acordo com a polícia. Depois, os criminosos atiraram em Marcelo, que levou 13 tiros. Ainda segundo Josafá, pelo menos dois carros foram usados pelos assassinos. Um deles, um HB20 prata, foi encontrado abandonado logo após o crime, em uma estrada que liga os bairros Santa Rosa e Jabaraí, em Guarapari.
O crime vai ser investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari.
EXPULSÃO POR ENVOLVIMENTO EM ROUBO DE ARMAS
Dulcino do Carmo Machado, que atuava como subtenente do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), foi expulso da corporação há 10 dias, no dia 1 de novembro de 2018. A participação de Dulcino em um roubo de armas na sede do sexto batalhão, na Serra, em julho de 2015, estava sendo investigada pela corregedoria da PM. Ele foi considerado culpado por todas as acusações contidas no processo.
Em 2015, armas foram roubadas de dentro do 6º Batalhão da Polícia Militar, em Carapina, na Serra. Como o batalhão não foi invadido, policiais foram investigados pela Corregedoria da PM. Informações não oficiais diziam que 40 pistolas, 15 submetralhadoras e dois fuzis tinham sido roubados, mas a polícia confirmou o roubo de 14 pistolas ponto 40.
De acordo com informações do Boletim de Ocorrência à época, o primeiro contato com o Centro Operacional de Defesa Social (Ciodes -190) foi registrado às 5h56, quando um tenente que estava de plantão informou que havia encontrado a porta da Seção de Armamento e Munição (Sam) arrombada.
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