> >
Funcionário confessa ter assassinado dona de bar em Cariacica

Funcionário confessa ter assassinado dona de bar em Cariacica

A comerciante Solange Pinheiro Azevedo, de 60 anos, foi encontrada morta dentro do proprio bar no bairro Itaquari na manhã desta terça-feira (27)

Publicado em 27 de novembro de 2018 às 21:59

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Bar de Solange, que foi encontrada morta na manhã desta terça-feira (27) em Itaquari, Cariacica. (Elis Carvalho)

Um funcionário suspeito de matar a comerciante Solange Pinheiro Azevedo, de 60 anos, confessou o crime na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A mulher foi encontrada morta no bar em que é dona, no bairro Itaquari, em Cariacica. De acordo com o suspeito, identificado como Carlos Colodetti Schmicht, de 23 anos, ele matou a comerciante porque "ela era chata e fazia cobranças demais".

Inicialmente, o homem negou o crime. Ele foi levado para a DHPP após a delegacia ter acesso às imagens do comércio da Solange na noite desta segunda-feira (26), que mostra quando Carlos foi até o local para limpar o bar por volta das 22 horas. O vídeo mostra os dois conversando e fazendo sinais negativos. O delegado Felipe Pimentel Dias disse que não sabe se, naquele momento, os dois já discutiam ou tinham algum desentendimento.

Pelo bar ser monitorado por câmeras, Carlos teria aproveitado o momento em que Solange foi na cozinha do bar. A reportagem do Gazeta Online teve acesso e assistiu às imagens, que mostram que o funcionário foi a última pessoa a ter contato com a idosa. Ele negava o crime e afirmava que ela teria caído e batido a cabeça algumas vezes.

A versão inicial do suspeito não convenceu os policiais. O delegado responsável pela DHPP disse que a cena do crime não condizia com queda. "No local, tinham muitas panelas sujas de sangue", informou. Carlos costumava arrumar o bar para Solange toda noite e, nesta segunda (26), após o crime, foi percebido que o homem não chegou a roubar nada.

Felipe contou, ainda, que o funcionário é usuário de drogas e que, inclusive, já houve um caso no passado de que ele tentou furtar o celular da Solange, que perdoou e continuou o empregando de forma informal. As famílias do suspeito e da mulher eram amigas e todos estão muito abalados com o crime.

Após as diligências, a equipe da DHPP analisou as imagens e foi até a casa de Carlos, que estava saindo da residência no momento da abordagem. Na hora, ele disse "não fui eu, estou arrependido". Negando, o suspeito acabou se entregando.

Já nesta terça-feira (27), após algumas horas de depoimento, o criminoso acabou confessando que matou a Solange por motivo fútil. "Ele disse que a achava chata e exigente com o trabalho do bar, que enchia o saco dele e dos funcionários; ele, então, confessou que se irritou, cansou das cobranças, ficou com raiva e resolveu matá-la. Ele informou que deu um soco em Solange e ela caiu".

O delegado acredita, ainda, que o homem usou alguns objetos para cometer o crime, já que a mulher estava com um curte na cabeça e por haver panelas sujas de sangue no local do crime.

"AMÁVEL, DISPOSTA A AJUDAR E DISCRETA"

A reportagem do Gazeta Online foi ao bairro em que o crime aconteceu, na Rua Otávio Barbosa da Silva, onde a comerciante tinha o bar, ao lado da residência onde morava. Moradores do bairro disseram que Solange vivia sozinha, já que a única filha mora em Vitória. Ela ainda contava com a ajuda de funcionários para manter o estabelecimento.

Vizinhos contaram ainda que ela era uma pessoa muito amável, disposta a ajudar e discreta. Solange sempre trabalhou como comerciante, mas, antes do bar, era dona de um salão de beleza. Segundo informações de uma amiga e vizinha da idosa, Ana Maria Lepre Basita, também comerciante, Solange era uma ótima profissional e, mesmo mudando de ramo, sempre foi muito trabalhadora, guerreira e batalhadora.

VEJA VÍDEO

"Eu estou em choque. Estou muito assustada com o que aconteceu. Recebi a notícia por meio de um vizinho que veio na minha casa pedindo telefone da filha da Solange e me contou que ela foi encontrada morta e esfaqueada. Estamos muito abalados porque ela era muito querida, sempre estava disposta a ajudar - inclusive abrindo o bar fora do horário comercial quando precisávamos", lamentou.

Este vídeo pode te interessar

Os vizinhos também estão bastante abalados, sem acreditar no crime. "Ninguém imaginou que pudessem fazer uma covardia dessas com ela", disse um morador.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais