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Mãe de jovem assassinado em Transcol passa mal em velório

Mãe de jovem assassinado em Transcol passa mal em velório

Professores, amigos de escola e familiares de Deivid Jercey, de 18 anos, lotaram a igreja durante velório

Publicado em 26 de novembro de 2018 às 20:21

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Velório de Deivid Jercey, jovem assassinado durante assalto no Transcol. (Fernando Madeira)

A emoção e a tristeza tomaram conta do velório do estudante Deivid Jercey, de 18 anos, assassinado com um tiro no peito durante um assalto a um ônibus do Transcol por volta das 21h30 deste domingo (25). O velório aconteceu na Igreja Assembleia de Deus, em Balneário Ponta da Fruta, Vila Velha. A mãe do jovem chegou a passar mal no local, por ter pressão alta. 

Professores, amigos que estudaram com ele e familiares lotaram a igreja do bairro. A mãe de Deivid estava muito emocionada e não saía de cima do caixão. Ela não teve condições de conversar com a reportagem.

O jovem foi morto quando voltava da casa da namorada na linha 619 (Terminal de Vila Velha/Balneário de Ponta da Fruta). Ela também estava presente no velório, muito abalada, e preferiu não falar também.

Logo após o velório, os familiares saíram em cortejo, passando em parte da Rodovia do Sol, em direção ao cemitério Parque da Paz, em Ponta da Fruta, onde Deivid foi sepultado.

Velório de Deivid Jercey, jovem assassinado durante assalto no Transcol. (Fernando Madeira)

COMOÇÃO E REVOLTA

A moradora do bairro e funcionária pública Evelin Neto, de 39 anos, utiliza muito a linha 613 (Terminal de Vila Velha/Ponta da Fruta). Segundo ela, desde 2015 os moradores têm reclamado, inclusive com protestos, da insegurança de andar nas duas linhas.

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Uma tragédia anunciada para mim. Desde 2015 nós fazemos manifestações por causa dos assaltos a coletivos. Cobramos da Ceturb uma providência mais efetiva em relação ao problema que não afeta só nossa linha, que é a 613, mas outras como a 669 a 672. Passou da hora do poder público tomar uma providência em relação a isso. Como se trabalha o transporte coletivo e a mobilidade urbana se não consegue usar com tranquilidade?

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A prima de David, Emily Vitória, de 16 anos, também estava no velório e disse que o estudante era uma pessoa muito boa, um orgulho para os pais.

“Ele era um menino que não tinha nada a reclamar. Sempre muito brincalhão, respeita todo mundo. A gente brincava quando era criança. A minha mãe foi embora por causa de assalto e a gente não se falava muito. Sempre foi um filho exemplar e ele trabalhava junto com os pais, na fábrica de vassouras”, lembrou.

Velório de Deivid Jercey, jovem assassinado durante assalto no Transcol. (Fernando Madeira)

A estudante Ester Cristina de Souza, 15 anos, estuda na mesma escola que o jovem e entrou no mesmo ônibus em que estava Deivid durante o assalto. De acordo com ela, os criminosos roubaram apenas quem estava com os celulares nas mãos.

“A gente chegou no ônibus e se cumprimentou. Eu estava perto dele, no fundo. Os criminosos pegaram apenas os celulares de quem estava na mão. Eu estava com minha mãe, meu pai e minha irmã, mas não pegaram nossos celulares porque minha mãe sempre fala pra eu não ficar com o celular na mão quando estou no ônibus”, declarou.

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Ela lembrou que Deivid não estava com o celular na mão. "Ele até guardou os fones de ouvido que estavam pendurados na camisa quando percebeu a situação", lembrou. 

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