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Por 4 a 3, TRE mantém mandato de vereador de Cariacica

Por 4 a 3, TRE mantém mandato de vereador de Cariacica

Léo do IAPI tinha sido cassado no início deste ano. Ele foi acusado de agendar consultas em trocas de votos

Publicado em 15 de novembro de 2018 às 00:45

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Alexandre Coutinho de Almeida, o Léo do IAPI, vereador de Cariacica (PDT). (Facebook/Léo do IAPI)

Por 4 votos a três, o Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) julgou improcedente o pedido de cassação do vereador de Cariacica, Léo Alexandre Coutinho de Almeida, mais conhecido como Léo do IAPI (PDT). O pedido havia sido feito por um vereador suplente. Léo foi acusado de ter oferecido consultas médicas e exames na unidade de saúde de Alto Lage, na cidade, em troca de votos.

A decisão ficou empatada e o desembargador Annibal de Rezende Lima, presidente da Corte, teve que decidir. O posicionamento dele foi que o pedido de cassação era improcedente.

Ao Gazeta Online, o advogado de defesa do vereador, Altamiro Thadeu Frontino Sobreiro, disse que, após o período eleitoral, foi realizada uma ação eleitoral, na qual o juiz eleitoral Izaias Eduarda da Silva, da 34ª Zona Eleitoral, julgou como procedente a ação para cassar o mandato, que ocorreu em janeiro deste ano. "A matéria foi submetida ao TRE e o nosso recurso foi julgado hoje (quarta)", disse Sobreiro.

O vereador não foi localizado pela reportagem para comentar a decisão. Léo do IAPI foi eleito em outubro de 2016, com 2.792 votos.

ACUSAÇÕES

Desde setembro de 2016, a Secretaria Municipal de Saúde de Cariacica investigou, por meio de uma sindicância, um volume fora do normal de solicitações de consultas e exames na unidade de saúde de Alto Lage. Uma das hipóteses levantadas na investigação era de que um candidato a vereador teria atuado para agendar consultas de seus eleitores em troca de votos.

À reportagem, em novembro de 2016, o secretário de Saúde de Cariacica, Marcelo Machado, disse que a sindicância corria em sigilo e que não tinha acesso ao conteúdo já apurado. Ele revelou que a secretaria se alarmou ao perceber que uma grande quantidade de pedidos feitos por um mesmo médico começou a ser expedida.

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"Nos chamou a atenção porque eram exames de alta complexidade, como ressonâncias, endoscopias e tomografias que eram solicitados. No entanto, este servidor foi contratado como clínico geral, que normalmente não faz esse tipo de encaminhamento. Além disso, era um volume muito alto para o município, ainda mais para um médico do turno da noite, que, em tese, não atende tantos pacientes assim", disse o secretário.

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