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Buscas por criança e angústia para a família continuam em Vila Velha

Buscas por criança e angústia para a família continuam em Vila Velha

As buscas pelo menino Geanderson, de 9 anos, ainda continuam na Barra do Jucu, em Vila Velha; ao Gazeta Online, a tia do menino deu entrevista e falou sobre a angústia e espera sobre o caso

Publicado em 11 de dezembro de 2018 às 23:07

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Quatro dias de buscas e angústia para os familiares. Nesta terça-feira (11) a procura pelo corpo do menino Geanderson Custódio, de 9 anos, que desapareceu na tarde de sábado (8) enquanto brincava com o amigo Dhanyel Brandão dos Santos, de 12 anos, na Praia da Barra do Jucu, em Vila Velha, ainda continuou sem uma resposta. Ao Gazeta Online, a tia do menino, Luiza Inácio, deu entrevista e falou sobre a angústia pela espera em que a família se encontra.

Geanderson foi arrastado em direção às pedras, bateu com a cabeça e desmaiou. Preocupado com o amigo, Dhanyel tentou socorrer mas acabou arrastado pela correnteza e também se afogou. Além do Corpo de Bombeiros, outros moradores que moram nas redondezas ajudam a solucionar o caso - seja caminhando, procurando pelas pedras ou se solidariezando com o caso. Veja entrevista.

E hoje, além dos Bombeiros e dos Guarda Vidas, outras pessoas estavam tentando ajudar nas buscas?

Outros moradores, que moram aqui perto, nas redondezas, que estavam olhando debaixo das pedras, outros que saíram caminhando, que vieram com binóculos para poder ver se localizava, para dar uma ajuda maior. Têm várias pessoas vindo para poder falar, dar uma palavra de 'solidarização' da tragédia que aconteceu e muitas pessoas vindo ajudar.

Teve gente que mergulhou?

Tiveram moradores que estavam aqui procurando debaixo da pedra, olhando ali. Pessoas que não são guarda vidas e estavam ajudando. Não somente eles, mas têm pessoas também junto com a família tentando ajudar no máximo que é possível.

E vocês como familiares, como veem esse gesto de doação, de ajuda, de colaboração?

A gente vê com muito carinho, porque tem muitas pessoas que criticam, não sabem a verdade e julgam. Dizem 'como é que pode uma mãe deixar um filho sair?'. Ninguém deixa um filho sair para morrer. Eles saíram escondidos e quando ela ficou sabendo da tragédia que aconteceu foi quando ela tava chegando do serviço. Não sou como ela mas sou outra mãe. Quando ela soube, ela veio pra cá. O meu irmão não consegue vir pra cá porque ele não consegue dizer. Ele disse que quando souber o que aconteceu ele vai se matar, minha cunhada fala a mesma coisa. Hoje em dia a gente tá confiando muito no Senhor, pra que isso venha a acabar porque já tá agoniando.

Como que foi esse comunicado do Geanderson? Ele avisou que sairia?

Não, quando foi saber ele já tinha saído. Ninguém sabia que ele ia sair, saiu escondido. A gente tá que brinca para tentar amenizar a situação, mas só que vai passando os dias. (...) e o corpo, onde tá? Imagina, como é que tá o meu sobrinho? Ele é mais pequenininho.

Essa ausência de informação dá mais angústia ainda, né?

Não é questão de ausência de informação, o que tão podendo falar a "coordenação" tá falando mas realmente a gente tá querendo que essa busca acabe e ele apareça como estiver, pra poder fazer o velório, pra poder encerrar. Eu sei que a tragédia vai ficar, o vazio vai ficar, mas a gente tá só esperando acabar isso tudo. Porque chega, tá cansativo.

IMAGENS MOSTRARAM MENINOS BRINCANDO

Um vídeo, que foi feito por um morador da região, flagrou os dois meninos brincando na praia antes de desaparecerem no mar no fim da tarde de sábado (8). Nas imagens, é possível observar como o tempo estava fechado e as ondas agitadas.

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