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Com explosão de violência, prefeito de Boa Esperança pede ajuda ao governo

Com explosão de violência, prefeito de Boa Esperança pede ajuda ao governo

Lauro Vieira assinou ofício, que será encaminhado ao novo secretário da Sesp, onde afirma que as ocorrências de furto, roubo e tráfico de drogas aumentaram na cidade de 16 mil habitantes e que o número de policiais não é suficiente para garantir a segurança dos moradores

Publicado em 10 de janeiro de 2019 às 16:41

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Nos últimos meses, as ocorrências de furto, roubo e tráfico de drogas aumentaram consideravelmente em Boa Esperança. (Arquivo/GZ)

O município de Boa Esperança, na região Norte do Estado, passa por uma grave crise na segurança pública. Nos últimos meses, as ocorrências de furto, roubo e tráfico de drogas aumentaram consideravelmente. A pequena cidade do interior, com apenas 16 mil habitantes, agora vive com medo pelo crescente índice de criminalidade.

Nesta quinta-feira (10), o prefeito Lauro Vieira divulgou um ofício, endereçado ao novo secretário de Estado da Segurança Pública (Sesp), Roberto Sá, pedindo o aumento do efetivo policial. No documento, ele afirma que a cidade tem apenas 16 policiais militares mas, por conta de férias, deslocados para a Operação Verão e folgas, apenas três ficam de plantão (dois na viatura e um para atender ligações).

O problema também envolve a Polícia Civil no município. Viera afirma que a delegacia conta com um número reduzido de policiais e não tem escrivão para ficar responsável pelos inquéritos. Na conclusão do ofício, o prefeito pede a sensibilidade das autoridades para adotar as providências necessárias, com o aumento do efetivo de policiais civis e militares.

De acordo com Vieira, o documento também será encaminhado para o comandante geral da PMES, comandante do 2º Batalhão da PMES e comandante da PM de Boa Esperança, além do chefe da Polícia Civil.

MORADORES RELATAM INSEGURANÇA

Um comerciante que preferiu não se identificar afirmou que tinha ciência do baixo contingente policial da cidade. "Temos pouquíssimos policiais e quando eles precisam ir a São Mateus, ficamos praticamente abandonados", disse. "O índice de roubo e assalto aumentou muito. Acho que o prefeito está certo em pedir reforço", avaliou.

Na tentativa de se proteger, o comerciante contrata, desde a greve da Polícia Militar em 2017, uma pessoa para vigiar o estabelecimento aos finais de semana. “Nós trabalhamos à noite e infelizmente o que pagamos de imposto não volta em serviços, como a segurança. Então, sou obrigado a desembolsar um valor para isso”, reclamou.

Na percepção de Rany Ruste, também morador e comerciante em Boa Esperança, a situação é semelhante. “Está muito perigoso, sempre tem assalto na cidade. Hoje de manhã eu fiquei sabendo de um, por exemplo. Precisamos de ajuda, porque os comerciantes e os moradores estão assustados”, relatou.

Proprietário de uma loja de salgadinhos, Rany passou a abrir o local apenas para atender a encomendas, exatamente por falta de segurança. “Há um ano, fechava o comércio por volta das 22h; mas já faz uns seis meses que passei a ir lá apenas para fritar o que recebo de encomenda. No restante, fico sempre com a grade fechada”, disse.

Em ofício, prefeito de Boa Esperança solicita reforço na segurança. (Reprodução)

O OUTRO LADO

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Acionada pela reportagem do Gazeta Online, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SESP) informa que, até o momento, não recebeu ofício da Prefeitura de Boa Esperança. A SESP ressalta que, assim que o documento chegar ao conhecimento do secretário, as solicitações serão analisadas. 

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