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Empresário é preso na Serra por receptação de cobre e alumínio

Empresário é preso na Serra por receptação de cobre e alumínio

A polícia acredita que o empresário movimentava R$ 1 milhão por mês; 16 toneladas de material furtado foram apreendidos em galpão

Publicado em 30 de janeiro de 2019 às 18:39

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Empresário é preso acusado de furtar fios de cobre na Serra. (Polícia Civil)

Uma pessoa foi presa e 16 toneladas de material furtado foi apreendido na manhã desta quarta-feira (30), no Bairro das Laranjeiras, na Serra, uma apreensão que a Polícia Civil do Estado classifica como a maior deste tipo no país. Todos os produtos, entre fios de cobre, alumínio e resíduos plásticos estavam em um galpão.

O material, de acordo com a polícia, é fruto de furtos de cabos de telefonia ocorridos na região. O último deles, ocorrido no dia 26 de janeiro. No mesmo galpão a polícia encontrou 66 quilos de cobre provenientes de hidrômetro e 216 hidrômetros prontos para desmanche. O proprietário do local, José Augusto Avanza Júnior, 59 anos, foi preso em flagrante pelo crime de receptação.

A polícia acredita que o suspeito movimentava um valor aproximado de R$ 1 milhão por mês com a atividade. Em depoimento à polícia, José Augusto alegou que comprava o material de atravessadores e depois revendia para grandes empresas. O lucro, segundo ele, era de R$ 300 mil por semana.

Empresário é preso na Serra por receptação de cobre e alumínio
José Augusto Avanza Júnior, 59 anos. (Polícia Civil)

“Ele alega que comprou todo esse material, mas não apresentou nenhuma nota fiscal disso. Além disso, o José Augusto se recusou a abrir o portão para que pudéssemos vistoriar, então tivemos a certeza de que algo estava errado. Quando ele abriu o galpão encontramos o material”, explicou o delegado Henrique Vidigal, titular da Delegacia Especializada de Segurança Patrimonial (DSP).

MAQUINÁRIO DE PONTA

 

Além do material receptado foram apreendidas três máquinas fabricadas exclusivamente para esse tipo de atividade. Segundo o delegado, os fios de operadoras são facilmente identificados e essas máquinas faziam o trabalho de descaracterizar o material.

Todo o maquinário foi avaliado em R$ 200 mil e pode ter sido adquirido sob encomenda, já que as máquinas não são encontradas para venda no mercado, frisou o delegado.

Vidigal explicou que uma máquina era usada para descascar o fio, outra fazia o trabalho de picotar o produto e a terceira separava o material plástico do cobre. “Acreditamos que ele contratou um torneiro mecânico para desenhar a máquina e levou o esboço para uma siderúrgica que fabricou os equipamentos”, disse.

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José Augusto vai responder pelo crime de receptação qualificada e pode pegar de 4 a 8 anos de prisão e não cabe fiança. As investigações continuam e, caso seja comprovado, ele poderá responder também por associação criminosa.

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