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'Eu não estou preso', diz empresário capixaba acusado de golpe

"Eu não estou preso", diz empresário capixaba acusado de golpe

Felipe procurou a reportagem do Gazeta Online e, por chamada de vídeo do Whatsapp, disse que estava em casa. Polícia Civil confirmou a prisão e pedido de extradição

Publicado em 8 de janeiro de 2019 às 23:58

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Empresário capixaba. (Reprodução/Facebook)

"Eu não estou preso". A afirmação é do empresário e agente de investimentos Felipe Medice Toscano, de 33 anos, acusado pela Polícia Civil capixaba de estelionato. Segundo coletiva da tarde desta terça-feira (8) pela delegada Rhaiana Bremenkamp, Felipe estaria preso na Itália desde o dia 19 de dezembro.

No início da noite aqui no Brasil, Felipe procurou a reportagem do Gazeta Online. Ele conversou via chamada de vídeo do Whatsapp e disse que está em casa. Ele mostrou uma cama, o celular e o notebook por onde viu o noticiário de que estaria preso. "Eu não estou preso. Isso tudo é uma mentira que foi feita para me prejudicar", afirmou Felipe.

Afirmando ser 22h20 lá na Itália, no momento da ligação, Felipe disse ainda  que soube da afirmação da polícia de que ele estaria preso após familiares o procurarem após a notícia. "Estou sem acreditar nisso", observou.

Ao ser questionado sobre a investigação da Polícia Civil e se chegou a ser detido no dia 19 de dezembro, como afirmou a delegada, Felipe disse que o caso segue em segredo de Justiça e que foi orientado pelos advogados a não entrar neste mérito.

Capixaba acusado de aplicar golpe de R$ 10 milhões concede entrevista em vídeo. (Gazeta Online)

DELEGADA CONFIRMA PRISÃO

A afirmação dada pelo empresário Felipe Medici Toscano é contrária ao que consta nos documentos e órgãos oficiais, segundo a Polícia Civil.

"A prisão dele está toda documentada. A Polícia Federal confirmou via ofício a prisão, a juíza recebeu o ofício da própria Interpol e da Polícia Federal informando a prisão, a juíza já solicitou a extradição dele para o Brasil. O Ministério da Justiça também já entrou em contato com a juíza solicitando que desse entrada ao pedido de extradição, pois ele foi preso na Itália e está à nossa disposição. Isso está tudo documentado. É um trabalho direto de Interpol Itália-Brasil, e entre órgãos oficiais", afirmou a delegada Rhaiana Bremenkanp, titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa), a frente do caso.

Sobre o fato do suspeito ter conversando com a equipe de reportagem do Gazetoanline via aplicativo de telefone, a delegada informou que desconhece as condições da prisão de Felipe. "Ele está preso, mas o que não sabemos são as condições da prisão dele. A Itália nos informou que foi dado cumprimento ao mandando de prisão contra o Felipe. Não sabemos se um preso brasileiro, que não é da Itália, ficaria em um presídio, pode ser que esteja em um local que a restrição de liberdade dele não seja totalmente tolida e que ele possa, por exemplo, estar com um celular. Não há alvará de soltura para ele. Foi emitido um mandado de prisão contra o Felipe e houve o alerta vermelho na Interpol. Nenhum juiz daria um alerta vermelho na Interpol do nada, há um inquérito e decisão judicial. Tudo é baseado em documentos oficiais e órgãos oficiais, inclusive do Ministério da Justiça. Nossa intenção é divulgar pois existem outras vítimas. Orientamos essas pessoas a procurarem a polícia", reforçou a delegada.

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No início da noite, a reportagem também teve acesso aos documentos dos órgãos oficiais que  comprovariam a prisão de Felipe na Itália.

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