> >
Família diz que jovem morto em ataque não tinha envolvimento com tráfico

Família diz que jovem morto em ataque não tinha envolvimento com tráfico

Wemerson da Silva Lima, de 23 anos, tinha passagem pela polícia, mas a família afirma que ele teria sido preso por engano

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 16:37

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Wemerson da Silva LIma, conhecido como Perreco, de 23 anos. (Reprodução)

Uma das vítimas do ataque no alto do morro do bairro Moscoso, na divisa com o Morro da Piedade, em Vitória, Wemerson da Silva Lima, de 23 anos, teve passagem por tráfico de drogas em 2016, mas familiares afirmam que o jovem não tinha envolvimento com o crime.

Na noite desta segunda-feira (14), três jovens foram mortos e duas pessoas foram baleados na Praça do Morro do Moscoso. Entre as vítimas estava Wemerson, que estaria na praça com amigos lanchando quando foi baleado pelos suspeitos. O corpo do jovem foi encaminhado para o Departamento Médico Legal de Vitória e foi reconhecido por familiares na manhã desta terça (15).

De acordo com a Polícia Civil, Wemerson tinha uma passagem por tráfico de drogas em 2016. Ao contrário do que confirma a Polícia, familiares da vítima afirma que ele tinha essa passagem, mas não era envolvido com o tráfico de drogas e trabalhava no morro fazendo fretes para moradores.

"Ele era trabalhador e querido no morro, como o Damião e Juan que foram mortos lá também. O Wemerson era tranquilo", disse um familiar da vítima.

Ainda de acordo com o familiar, o crime pode ter sido motivado pela disputa de pontos de tráfico de drogas na região. "Pode ter sido uma briga por tráfico de drogas. Ao invés de procurar quem eles querem, eles chegam atirando em qualquer um", completou.

A família reclama de insegurança no Morro do Moscoso e afirma que a instalação de uma Base da Polícia Militar no bairro vizinho, o Morro da Piedade, não trouxe segurança na região. "Para mim tinha que ter uma base embaixo e outra em cima. Não adiantar ficar embaixo se os crimes acontecem em cima. Não adianta falar que a Polícia vai ficar uma, duas semanas, um mês, se quando acalmar eles somem", afirmou um familiar.

ENTREVISTA COM O PRIMO DA VÍTIMA

Como era o Wemerson?

"Ele era trabalhador e querido no morro, como o Damião e Juan que foram mortos lá também. O Wemerson era tranquilo"

O que motivou o crime?

"Pode ter sido uma briga por tráfico de drogas. Ao invés de procurar quem eles querem, eles chegam atirando em qualquer um"

A instalação da base no Morro da Piedade trouxe segurança para a região?

"Para mim tinha que ter uma base embaixo e outra em cima. Não adiantar ficar embaixo se os crimes acontecem em cima. Não adianta falar que a Polícia vai ficar uma, duas semanas, um mês, se quando acalmar eles somem"

O que o Wemerson fazia na praça?

"Ele estava passando pela praça"

Qual era a ocupação da vítima?

"O Wemerson estudava a noite e durante o dia fazia frete no Morro do Moscoso".

Wemerson tinha envolvimento com o tráfico de drogas?

"Ele foi atravessar o morro com um amigo que estava com drogas e, como ele era menor, o Wemerson assumiu, nada mais".

Como a família ficou ao saber do crime?

"A família está desesperada. A gente não esperava algo assim".

Quanto às outras vítimas, algum tinha envolvimento com o crime?

"Conheci os outros, eram todos meninos bons".

O que você espera da Polícia após a instalação da Base no Morro da Piedade?

"Não sei nem te dizer".

Este vídeo pode te interessar

 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais