Em meio ao desabafo, o supervisor de compras de 40 anos, filho da aposentada Dalva Ferreira Lobato, 60, contou que a mãe havia se aposentado no final de 2018 e que iria trabalhar só até março deste ano. O crime aconteceu nesta segunda-feira (28), em um ponto da BR 101, no coletivo da linha 829.
Como soube que sua mãe tinha morrido?
Moramos no mesmo bairro e começou a rolar a notícia do que tinha acontecido. Fiquei preocupado já que ela pegava ônibus no mesmo lugar todos os dias, naquele mesmo horário. Comecei a ligar para o celular e para o trabalho dela. Não conseguia falar. Depois, os investigadores da Polícia Civil me ligaram e contaram.
Ela fazia o mesmo trajeto todos os dias?
Sim. Trabalhava em um condomínio. Ela estava na mesma empresa há 18 anos.
Ela aposentou e continuou trabalhando?
Como ela ficou muito tempo nessa empresa, pediram para continuar até março deste ano, até contratarem outra pessoa para o lugar dela. Minha mãe era muito batalhadora, acordava muito cedo todo dos dias para ir trabalhar. Criou a gente com muito amor. Deixou três filhos e cinco netos.
Ela tinha planos para a aposentadoria?
Estava reformando a casa dela. Tinha terminado o banheiro e estava na expectativa de começar a reforma na cozinha. Ela estava muito feliz.
Como é perder a sua mãe desta forma?
Não sei nem o que falar, não consigo medir o sofrimento que estou sentindo. Minha mãe é mais uma vítima dessa violência que está nas ruas. Mais uma pessoa que morre no Estado, mais um número.
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