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Mãe acusa vizinho de agredir filho dentro de condomínio em Vila Velha

Mãe acusa vizinho de agredir filho dentro de condomínio em Vila Velha

Os vizinhos, que estavam no local e viram a situação, chamaram a polícia e agora a mãe do garoto agredido pelo adulto está cobrando justiça

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 16:29

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Condomínio H12, em Coqueiral, onde mãe relata que ocorreu a agressão. ( Reprodução/Google Street View)

Um briga entre duas crianças, no parquinho do condomínio H12, localizado em Coqueiral de Itaparica, Vila Velha, acabou virando caso de polícia na noite desta segunda-feira (14). É que o pai de uma das crianças tomou as dores do filho e agrediu o outro menino, de onze anos, com dois tapas no rosto. Os vizinhos, que estavam no local e viram a situação, chamaram a polícia e agora a mãe do garoto agredido pelo adulto está cobrando justiça.

Era por volta das 20 horas quando as duas crianças, uma de 11 e outra de 10 brincavam no parquinho do condomínio quando começou a discussão. Segundo a mãe do garoto agredido pelo adulto, a cabeleireira Roberta Santucci, de 46 anos, o garoto havia xingado as mães das crianças, com palavrões. O filho dela teria retrucado e a confusão começou.

"Eu estava caminhando com meu marido na praia e meu filho havia ficado no parquinho do condomínio, junto de outras crianças e os pais delas, meus vizinhos. Aí ele disse que esse menino começou a xingar as mães dos outros garotos, as chamando de prostitutas e outros palavrões. Meu filho pediu para ele não me xingar assim e ele então começou a xingar meu filho. Foi então que meu filho, de 11 anos, empurrou esse garoto. Ele revidou o empurrão e eles começaram a brigar e o menino caiu sobre uma bicicleta. Os pais que estavam no local separaram a briga e o menino, de 10 anos, subiu para o apartamento dele. Poucos minutos depois, o pai dele desceu chamando pelo nome do meu filho. Meu filho disse que era ele e esse homem deu dois tapas na cara do meu filho, na frente de todo mundo. Dois tapões, com força", relata.

Segundo a cabeleireira, quando ela retornou da caminhada a polícia já estava atendendo a ocorrência no condomínio.

"Os pais que viram a agressão chamaram a polícia. Fiquei assustada com aquilo tudo. Meu filho estava com a cara inchada e vermelha. Fiz boletim de ocorrência e, por indicação do delegado, levei meu filho ao Departamento Médico Legal (DML), onde ele fez o exame de corpo de delito e foi constatada a agressão", disse Roberta.

O condomínio H12 tem circuito de câmeras e, segundo a cabeleireira, as imagens da confusão e agressão já estão em poder do síndico do prédio. 

"O síndico disse que viu toda a filmagem e a agressão está comprovada. No entanto, ele disse que só irá entregar as imagens com ordem judicial e, por isso, estou com uma advogada para fazer esse pedido", acrescentou Roberta. 

Vizinha separou briga

Moradora do condomínio, Lorena Arnal estava no parquinho no momento da confusão  e disse ter visto toda a agressão do pai do garoto.

"Quando vimos a brigas dos meninos fomos lá e separamos. Passou um tempo esse senhor veio perguntando quem tinha agredido o filho dele e perguntando quem era o garoto. Aí o menino falou que era ele. Não imaginávamos que esse senhor ia fazer o que fez. Mas ele foi lá e deu dois ou três tapas na cara do garoto. Eu comecei a discutir com ele e fui tirar o menino de lá. Chegaram outros pais e mães e ele saiu e sumiu. Um absurdo, agredir uma criança. As imagens vão mostrar o que ele fez", conta. 

O outro lado

O autor da agressão contra a criança de onze anos, o radialista José Moreira Rocha, de 60 anos, admitiu à reportagem do Gazeta Online ter agredido o menino depois de ter visto o filho chorando após briga das crianças. No entanto, ele disse que seu ato não foi para machucar.

"Já faz um bom tempo que meu filho vem sofrendo bullying desse menino. Ele interfona direto na minha casa procurando pelo meu filho, o chamando de Luvinha. "Cadê o Luvinha?". Isso é toda hora.  Ele já tinha batido no meu filho outras vezes, mas desta vez ele jogou a bicicleta do meu filho no chão, quebrou o capacete dele e também bateu nele. Eu não aguentei. Quando soube o que aconteceu, fui atrás dele e perguntei quem tinha feito aquilo. Ele se identificou e eu questionei o porquê de ele ter feito aquilo. Ele me mandou tomar naquele lugar e eu não aguentei. Chega uma hora que você estoura, que você não aguenta mais, isso vem desde o ano passado. Dei dois tapinhas no rosto dele. Não foi para machucar. Admito que errei, mas ele também errou. Vem batendo no meu filho sempre, meu filho tem 10 anos, ele deve ter uns 14, 15 anos", contou. 

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