Um homem de 50 anos foi preso em Vila Velha nesta terça-feira (29) acusado de abusar sexualmente da própria enteada, de 16 anos de idade, durante um ano, o que inclusive resultou em gravidez. O delegado Lorenzo Pazolini, responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), informou que a adolescente chegou a tentar tirar a própria vida por duas vezes devido ao trauma psicológico sofrido, o que fez com que a mãe dela percebesse a ocorrência de anormalidades.
O delegado contou que a jovem conviveu com o padrasto durante 12 anos e que ele a viu crescer. "A mãe da jovem trabalhava fora, era vigilante patrimonial à noite, em regime de plantão. Era justamente nesse momento que o cidadão retirava a jovem do quarto e praticava os abusos sexuais no interior da própria casa. Abusos que, por fim, resultaram em uma gravidez. Hoje a adolescente é mãe de uma criança cujo pai é o próprio padrasto, um homem de 50 anos de idade", relatou.
No primeiro interrogatório realizado, o criminoso negou as acusações, sugerindo que amava a jovem como a uma filha. Posteriormente, confrontado com o exame de DNA positivo realizado na criança, o homem confessou. No entanto, alegava que teria sido "seduzido" pela menina, o que, na visão autoridade à frente do DPCA, seria uma versão absolutamente fantasiosa.
Acerca da pena a ser aplicada posteriormente ao preso, esta, em decorrência da gravidez, será aumentada. "Ele irá responder por estupro, e como a jovem é menor de 18 anos, a pena é de 8 a 12 anos. E sobre esta pena, haverá aumento de metade pelo fato de ter gerado uma criança", explicou Lorenzo Pazolini.
SINAIS DE ABUSO
Em alguns casos, os pais ou responsáveis pela criança ou pelo adolescente não percebem os indícios de ocorrência de abusos ou violência doméstica. "A criança ou adolescente que está sendo abusado dá sinais. Entre os principais: a falta de apetite, a queda do rendimento escolar, o desinteresse pelas atividades cotidianas, não querer ir à escola e fazer dever de casa e aversão ao abusador. Aquela criança, no momento em que o abusador chega ao mesmo ambiente, a criança se retrai, se fecha no mundo dela porque quer se defender. Além disso, a automutilação é uma possibilidade, para tentar diminuir a dor psicológica. Diante disso, eu peço que as famílias capixabas fiquem atentas aos detalhes para que possamos evitar esse tipo de crime na nossa sociedade", finalizou o delegado.
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