A Polícia Militar intensificou o monitoramento de matas ao redor dos morros de Vitória para tentar localizar os suspeitos de praticar o ataque no Morro do Moscoso, que matou três pessoas e deixou dois feridos em uma praça do bairro, próximo ao limite com o Morro da Piedade. Os policiais utilizam o drone e um helicóptero da PM para vistoriar as áreas e dar segurança para os PMs que entram nos locais de difícil acesso.
Os seis apontados pela Polícia Civil como autores do atentado seguem foragidos dez dias após o ato de violência que assustou os moradores da região.
A Polícia trabalha com a informação de que os suspeitos utilizam a mata para deslocarem, como base para possíveis novos ataques e para esconder armas e drogas. No final da tarde de terça-feira (22), a Polícia Militar prendeu no Morro da Conquista sete pessoas, que segundo a PM, têm ligação com o tráfico e que, supostamente, passariam a noite na mata já que, com elas, foram apreendidas roupas camufladas, rádios de comunicação e armas.
Isso, segundo o comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Geovanio Silva Ribeiro, aumenta a suspeita de que os foragidos do ataque do Moscoso também estariam usando matas para se esconderem da PM e como rotas para acessar os morros da capital.
"Um dos suspeitos detidos (no Morro da Conquista) é filho do Hudson (Hudson Xavier Loureiro, o Hudinho, que está preso), que tem alta posição no tráfico do Bairro da Penha. É clara a ligação, então os indivíduos estão ali se movimentando", comentou o comandante do 1º Batalhão, lembrando que os foragidos apontados como autores do ataque no Moscoso têm ligação com o tráfico do Bairro da Penha.
No final da tarde e início da noite desta quinta-feira(24), a Polícia Militar faz uma operação nos morros de Vitória e nas matas nos entornos dessas regiões para identificar pontos que podem servir como esconderijos. A operação conta com 60 policiais, entre agentes da Companhia Independente de Missões Especiais, da Força Tática do Primeiro Batalhão e da Companhia Independente de Operações com Cães (Cioc).
Entre os suspeitos do ataque no Moscoso, Alan Rosário de Oliveira, de 30 anos, e Rafael Batista Lemos, de 24 anos, são apontados como líderes da ação. As investigações ainda apontam que os outros envolvidos são Rudnei Jacinto, conhecido como Nego 10; Jaderson Barbosa Alves, vulgo Mala Velha; Fernando de Morais Pimenta, o Marujo; e Emerson de Jesus Dias. Todos eles, segundo a Polícia Civil, são criminosos com posição de liderança e organizam ataques a bairros que ainda não estão sob o domínio da organização criminosa sediada no bairro da Penha.
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