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Polícia identifica mais quatro suspeitos de ataque no morro do Moscoso

Polícia identifica mais quatro suspeitos de ataque no morro do Moscoso

Todos os suspeitos com nomes divulgados tem mandados de prisão. Um deles por três homicídios e uma tentativa de homicídio

Publicado em 18 de janeiro de 2019 às 14:46

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Jaderson Barbosa Alves, o Mala Velha; Emerson de Jesus Dias Santos; Fernando de Morais Pimenta, o Marujo; e Rudnei Jacinto, o Nego 10. (Divulgação)

Mais quatro suspeitos de envolvimento no ataque em uma pracinha no morro do Moscoso, na divisa com a Piedade, em Vitória, foram identificados pela Polícia Civil. Agora já são seis os criminosos elencados na investigação do crime que terminou com três pessoas mortas e outras duas feridas, na última segunda-feira (14).

Na última quarta-feira (16), dois nomes já haviam sido divulgados. Alan Rosário de Oliveira, de 30 anos, e Rafael Batista Lemos, de 24 anos. Os dois são apontados como líderes da ação. Todos os quatro nomes divulgados nesta sexta-feira são da mesma organização criminosa de Alan e Rafael e são considerados foragidos pela polícia.

De acordo com os delegados do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoas, as investigações, que ocorrem em conjunto com outras unidades policiais, apontam que Rudnei Jacinto, conhecido como Nego 10; Jaderson Barbosa Alves, vulgo Mala Velha; Fernando de Morais Pimenta, o Marujo; e Emerson de Jesus Dias são criminosos com estreita ligação no tráfico de drogas do bairro da Penha e ocupam posição de liderança e organizam ataques a bairros que ainda não estão sob o domínio da organização criminosa sediada no bairro da Penha.

Todos são considerados foragidos e a polícia pede que, em caso de informações sobre os suspeitos, o contato seja feito pelo Disque Denúncia, no 181.

OS SUSPEITOS

Nomes divulgados nesta sexta (18)

RUDNEI JACINTO, O NEGO 10 - De acordo com a DHPP, Rudnei é oriundo do bairro da Penha. O suspeito tem um mandado de prisão em aberto.

JADERSON BARBOSA ALVES,  O MALA VELHA - Morador do morro de São Benedito e tem um mandado de prisão em aberto.

FERNANDO MORAES PEREIRA PIMENTA, O MARUJO - O suspeito é do bairro da Penha e tem dois mandados de prisão em aberto por homicídio.

EMERSON DE JESUS DIAS SANTOS, O PESADO OU BEIÇO - Morador do bairro Resistência, atua como ponte entre os bairros Resistência e Conquista. O suspeito tem quatro mandados de prisão em aberto por três homicídios consumados e um homicídio tentado contra policiais militares. 

Nomes divulgados na quarta-feira (16)

ALAN ROSÁRIO DE OLIVEIRA - Filho de Aladir, está envolvido diretamente na morte de Ruan e Damião. É apontado como um dos executores de Walace Santana, como vingança pelo assassinato do pai, Aladir. Agora, é investigado pela polícia como um dos líderes do ataque no Morro do Moscoso. Está foragido. Tem passagens pela polícia desde 2007: quatro passagens por tráfico de drogas e associação ao tráfico, duas passagens por porte de arma irregular e duas por homicídio - morte dos irmãos e de Wallace.

RAFAEL BATISTA LEMOS - Irmão de Gustavo Batista Lemos, participou tanto da morte dos irmãos quanto do homicídio de Walace, segundo a Polícia Civil. Ainda está foragido. Também é apontado como líder do ataque no Morro do Moscoso. Tem passagens pela polícia desde 2012: duas passagens por tráfico de drogas, uma por posse de arma de uso restrito e duas por homicídio - morte dos irmãos e de Wallace

Rafael e Alan apontados pela polícia como líderes do ataque no Morro do Moscoso. (Divulgação/Polícia Civil )

HISTÓRICO DE ALAN

Quando os acusados pelos crimes na Piedade foram presos em julho, a polícia divulgou que Alan Rosário de Oliveira é filho de Aladir de Oliveira Filho, que participou diretamente da morte dos irmãos Ruan e Damião. Após a morte dos irmãos Reis, Aladir foi assassinado, em maio de 2018, por Walace de Jesus Santana, segundo a Polícia Civil.

Assim, por vingança, Alan participou da morte de Walace em 10 de junho. De acordo com um processo que corre na Justiça Estadual, Alan liderou outro ataque ao Morro da Piedade em 29 de maio do ano passado, que resultou na morte de Lucas Teixeira.

SÃO BENEDITO E BAIRRO DA PENHA

Sobre Alan e Rafael, o delegado disse que os dois são do São Benedito e têm ligação com o tráfico de drogas do Bairro da Penha.

DENÚNCIAS PODEM AJUDAR NA LOCALIZAÇÃO

Em coletiva na última terça (15), o delegado chefe do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), José Lopes, pediu o apoio da população com informações sobre os procurados e reforçou a dificuldade de agir nessa região de mata.

"Gostaria de agradecer a quem acreditou no nosso trabalho. O Disque-Denúncia está 'bombando'. Continuem, porque vamos prender todo mundo. A população a que nos dirigimos é carente e tem medo de ser reconhecida. Eu não sei quem liga (por causa do sigilo). Mas peço que as pessoas não brinquem. Tem o aplicativo também e o site do Disque-Denúncia", lembrou.

VÍTIMAS

Também em coletiva na terça, o delegado Janderson Lube lembrou que mesmo tendo uma linha de investigação, o envolvimento dos mortos com o alvo dos bandidos não é desconsiderado. Wemerson da Silva Lima, de 23 anos, tinha passagem na polícia por tráfico, assim como um dos sobreviventes. 

"Está sendo considerado por causa da situação. A gente está investigando se as vítimas estavam envolvidas ou não, como pretenso alvo dos bandidos. Mas para a gente todos são vítimas, independente da situação. Todos os antecedentes são investigados pela possível motivação. A linha de investigação aponta que o alvo era outro e eles agiram de forma violenta", apontou. 

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