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'Só vamos sair daqui quando todo mundo tiver preso', diz delegado

"Só vamos sair daqui quando todo mundo tiver preso", diz delegado

José Lopes ressaltou, na manhã desta terça-feira (15), no local do crime, que conta com o apoio da população na elucidação do crime

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 15:10

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Delegado José Lopes (de preto) no local do crime. (Caíque Verli)

O chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado José Lopes, afirmou que investigação sobre o ataque que terminou com três mortos e dois feridos, no alto do morro do bairro Moscoso, na divisa com o Morro da Piedade, em Vitória, só vai terminar com a prisão de todos os culpados. "Só vamos sair daqui quando todo mundo tiver preso", disse.

José Lopes ressaltou, na manhã desta terça-feira (15), no local do crime, que conta com o apoio da população na elucidação do crime. "O Departamento de Homicídios, junto com toda a Polícia Civil, vai investigar e prender todos que participaram desse ataque covarde. Isso é covardia. Pegaram pessoas que estavam em uma praça, poderia ter sido muito pior, ter pego criança. Continuem ligando para o 181 (Disque Denúncia) para nos passar informações", finalizou.

COVARDIA

José Lopes considerou uma covardia o ataque cometido pelos criminosos. "O homem mata o outro por nada e desse jeito covarde. Porque se eu tenho problema com o meu inimigo, eu resolvo com ele. Não fico atirando nas pessoas que não tem envolvimento, pondo em risco quem não tem nada a ver. Poderia ter sido muito pior. Foi covardia"

Com informações de Caíque Verli

AS VÍTIMAS

Luiz Fernando da Conceição Gomes de 18 anos (camisa branca e relógio); Patrick Oliveira de Souza de 26 anos (boné e camisa preta) e Wemerson da Silva Lima, conhecido como Perreco, de 23 anos. (Reprodução)

Após o ataque que resultou na morte de três pessoas e deixou dois baleados na noite desta segunda-feira (14) no alto do morro do bairro Moscoso, na divisa com o Morro da Piedade, em Vitória, a polícia divulgou a identificação das vítimas na manhã desta terça-feira (15). Dentre os mortos, dois não tinham passagem pela polícia. 

O tio de um desses jovens fez um desabafo. "Isso é uma vergonha. Meu sobrinho está morto. Estou revoltado. Secretário disse que teriam 15 policiais aqui e só tem 2. Não é a primeira vez que acontece isso não", afirmou um tio de Luiz Fernando da Conceição Gomes, de 18 anos.

Sobre a crítica do parente da vítima, o comandante do Policiamento Metropolitano, coronel Sártorio, afirmou que que não poderia dizer quantos policiais atuam na comunidade por uma questão de estratégia, mas que o policiamento era suficiente.

Os disparos começaram por volta das 20h em uma praça do bairro, onde os moradores costumam se reunir.  Veja os detalhes do crime. 

LOCAL

O crime ocorreu na parte mais alta do Morro do Moscoso, ambiente conhecido com "Poeirão", divisa entre os Morros da Piedade e Moscoso.

CÁPSULAS

A perícia criminal compareceu ao local dos fatos e foram encontradas aproximadamente 40 cápsulas calibres .380 e 9mm. As vítimas que morrem tiveram, aproximadamente, cada uma, de 10 a 15 perfurações.

CRIMINOSOS

Populares informaram à polícia que o grupo que invadiu era composto por 12 homens.

MORTOS

- Luiz Fernando da Conceição Gomes, 18 anos, morador do bairro Piedade, estudante, sem passagem pela polícia.

- Patrick Oliveira de Sousa, 26 anos, coletor de lixo em Vitória, ajudante de pedreiro nas horas vagas, sem passagem pela polícia, morador do bairro Cobilândia, em Vila Velha. Estava visitando a mulher que está grávida, no Morro da Piedade, é amigo do coletor de lixo que foi baleado, mas sobreviveu. 

- Wemerson da Silva Lima, 23 anos, morador do Morro da Piedade, estudante, sem profissão, possui passagem por tráfico de drogas, no ano de 2016. Estava na praça lanchando com as vítimas, quando ocorreu o crime de homicídio.

BALEADOS

- Coletor de lixo, 28 anos, morador do Morro da Piedade, tem passagens por associação ao tráfico, tráfico de drogas e furto qualificado mediante rompimento de obstáculo à subtração da coisa e concurso de pessoas.

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- Adolescente, 15 anos, sem passagem pela polícia, atingida por um disparo de arma de fogo na região da perna. Ela contou à polícia que estava lanchando com as vítimas quando chegaram dois indivíduos efetuando disparos de armas de fogo.

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