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Tragédia em Linhares: pastora Juliana é solta

Tragédia em Linhares: pastora Juliana é solta

A Justiça expediu um alvará de soltura

Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 00:28

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(Umberto Lemos | InterTV)

A pastora Juliana Salles deixou o Centro Prisional Feminino de Cariacica, na Grande Vitória, às 20 horas desta quarta-feira (31). Mais cedo havia sido liberado pela Justiça estadual o seu mandado de soltura. Não há detalhes sobre os motivos da liberação, apenas que houve a determinação de medidas cautelares, ou seja, de restrições a que ela estará submetida para permanecer em liberdade.

Juliana, mãe dos irmãos Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, e Joaquim Alves, de 3 anos, foi denunciada, assim como o marido, o também pastor George Alves, pelo assassinato das crianças, mortas em um incêndio criminoso em abril do ano passado, na cidade de Linhares.

Ela foi presa no dia 19 de junho de 2018, quando foi detida em Minas Gerais, em cumprimento ao mandado de prisão expedido pela 1ª Vara Criminal de Linhares. Foi trazida para o Estado e ficou detida no Centro Prisional Feminino de Cariacica no período de 14 de julho a 7 de novembro de 2018, quando conseguiu na Justiça a liberdade provisória.

Ficou livre por apenas uma semana e foi detida novamente. A Promotoria de Linhares tinha recorrido da decisão do juiz André Dadalto, que mandou soltar a pastora. Ele entrou de férias e o novo pedido de prisão preventiva foi decretado pela juíza Emília Coutinho Lourenço, que o estava substituindo. O mandado de prisão foi destinado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Linhares. Por sua vez, a delegacia entrou em contato com a Polícia Civil de Minas Gerais para cumprir a ordem. Juliana foi detida enquanto estava em um estabelecimento comercial acompanhada de uma amiga, por volta das 15h30, no Centro de Teófilo Otoni. Ela não resistiu à prisão.

A pastora foi levada para a Delegacia em Teófilo Otoni, onde recebeu a visita de advogados. Em seguida, Juliana foi encaminhada ao presídio da cidade. Na ocasião o Ministério Público do Estado do Espírito Santo, por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Linhares, informou que o juízo da 1ª Vara Criminal de Linhares atendeu ao requerimento formulado pelo MPES, no recurso interposto e reconsiderou a decisão anterior, decretando novamente a prisão da pastora.

Foi novamente trazida para o Estado e levada, outra vez, para o Centro Prisional Feminino de Cariacica, onde estava desde o dia 7 de dezembro do ano passado, de onde foi liberada nesta quarta-feira.

A reportagem tentou contato com a defesa de Juliana, mas não conseguiu contato. 

O CASO

Na madrugada do dia 21 de abril de 2018, os irmãos Kauã e Joaquim morreram carbonizados na casa onde moravam, em Linhares. No dia 29 de maio, a Polícia Civil indiciou o pastor George Alves por duplo homicídio triplamente qualificado, duplo estupro de vulnerável, duplo crime de tortura e fraude processual (por ter alterado a cena do crime).

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Em 18 de junho, o Ministério Público do Espírito Santo denunciou não apenas o pastor pelo crime, mas também a mãe dos meninos. A promotora Rachel Tannenbaum, que à época estava à frente da 2ª Promotoria Criminal de Linhares, acusou Juliana de “conduta omissiva”. Ela acusa a mãe dos meninos de ser coautora do crime, pois teria conhecimento do risco que as crianças corriam por estarem sozinhas com George, o que caracterizaria omissão por parte da pastora.

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