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Atirador fingiu ser vítima de bala perdida em assassinato em Cariacica

Atirador fingiu ser vítima de bala perdida em assassinato em Cariacica

Ferido, Luiz Eduardo disse no primeiro momento era uma das quatro vítimas do tiroteio, mas na verdade ele abriu fogo contra Marcelo, vulgo coroa, que morreu

Publicado em 28 de março de 2019 às 15:23

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Luiz Eduardo foi preso nesta quinta-feira (27). (Divulgação | PCES)

Um dos atiradores que abriu fogo no meio de uma rua no bairro Nova Brasília, em Cariacica, na noite da última terça-feira (26), Luiz Eduardo Gomes, de 30 anos, foi preso nesta quarta-feira (27). A Polícia Civil descobriu que ele foi um dos quatro atingidos no tiroteio e se fez de vítima no primeiro momento para não ser descoberto.

Com Luiz Eduardo, quatro pessoas foram atingidas pelos disparos dos criminosos, incluindo um bebê de 1 ano e 10 meses. No primeiro momento, um casal encontrou o suspeito machucado perto de uma igreja, com um tiro na virilha, e levou ele para o PA de Alto Lage, em Cariacica. Depois, ele foi levado para o Hospital Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha.

No local, Luiz Eduardo contou para policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que foi apenas vítima do tiroteio. No entanto, com as investigações, a Polícia Civil desconfiou que ele fosse um dos atiradores e confirmou a informação.

Segundo o titular da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cariacica, o delegado Tarik Souki, Marcelo, vulgo coroa, era chefe do tráfico de drogas de Itanguá e rival de uma gangue de Nova Brasília, em que Luiz Eduardo faz parte. Na última terça-feira (27), Marcelo foi até o bairro para encontrar o filho e acabou sendo morto.

Atirador fingiu ser vítima de bala perdida em assassinato em Cariacica

O delegado explicou que achou estranho o fato de Luiz Eduardo estar presente no local do crime. Isso porque ele era primo de Lucas Antônio Souza, de 30 anos, morto no dia 28 de fevereiro, e irmão de Paulo Henrique Pinto Gomes, de 24 anos, morto no dia primeiro deste mês. Todos são da gangue de Nova Brasília e as mortes deles são atribuídas a gangue de Marcelo.

“Ele (Luiz Eduardo) tinha parentes que foram executados. No dia 28 de fevereiro um primo dele foi executado e, no dia 1 de março, um irmão foi executado. O grupo do Luiz Eduardo atribuiu as mortes ao grupo de Marcelo”, explicou Tarik Souki à TV Gazeta.

Lucas e Paulo Henrique, assassinados em 28 de fevereiro e dia primeiro de março . (Divulgação | PCES)

O MOMENTO DO CRIME

Luiz Eduardo foi quem começou a abrir fogo em Nova Brasília. Os suspeitos teriam chegado em um carro preto, por volta das 18h30, e efetuaram mais de trinta tiros contra Marcelo Vieira da Silva, de 47 anos, o alvo dos criminosos. Tudo aconteceu em frente a uma escola do município e havia muita gente na rua por causa de uma feira.

Um bebê de um ano e 10 meses também foi atingido e o alvo foi morto na hora. A mãe do bebê levou um tiro de raspão no braço e nas costas. Um idoso de 65 anos levou dois tiros nas costas.

A polícia não sabe dizer ainda se Marcelo foi morto por Luiz Eduardo ou por membros da gangue dele. As investigações apontaram também que Marcelo não estava sozinho no momento em que foi morto. Agora, a polícia quer saber quem eram os integrantes dos dois grupos rivais, de Nova Brasília e de Itanguá.

Crime aconteceu em Nova Brasília, em Cariacica. ( Fernando Madeira)

OUTRAS MORTES

Como explicou o delegado, além do tráfico de drogas, Luiz Eduardo foi motivado por vingança de mortes de parentes. O primo, Lucas, foi morto por disputa de tráfico no dia 28 de fevereiro, com crime atribuído à gangue de Marcelo, em Itanguá.

Por vingança, Paulo Henrique, primo de Luiz Eduardo e Lucas, foi até o bairro colocar fogo na moto de um integrante da gangue de Marcelo e acabou sendo morto no local.

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Com informações de Mayra Bandeira

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