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Família pede agilidade nas investigações de morte de jornalista no ES

Família pede agilidade nas investigações de morte de jornalista no ES

O namorado da vítima chegou a ser preso suspeito de ter assassinado a jovem, mas foi solto uma semana depois

Publicado em 27 de março de 2019 às 16:05

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Um mistério ainda ronda a morte da jornalista Ana Carolina Sabino, de 25 anos, encontrada sem vida após um até então suposto suicídio na sala a casa onde morava, em Cidade Continental, na Serra. Após um ano do caso, a família fez um protesto nesta quarta-feira (27) pedindo agilidade nas investigações. A manifestação aconteceu em frente ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O namorado da vítima, Hamison dos Santos Nins, de 34 anos, chegou a ser preso suspeito de ter assassinado a jovem, mas foi solto apenas uma semana depois. Ana deu entrada no Hospital Jayme dos Santos Neves no dia 25 de março, por volta das 2h50, depois de ter sido encontrada inconsciente.

A manifestação foi pacífica. Parentes de Ana Carolina Sabino levaram cartazes e chamaram a atenção das autoridades em frente à DHPP. De acordo com a dona de casa Géssia Amorim de Angeli, de 58 anos, mãe da jornalista, o ano que passou foi de muita tristeza para todos.

“Ela era uma menina muito querida, não precisava passar por isso. A saudade é o que fica e isso não passa. Foi um ano de muito choro e muita tristeza”, detalhou a mãe.

O pai da jovem, o assessor de comunicação Cléber Luiz Sabino, de 56 anos, diz que a família se sente indignada com o fato do então namorado da vítima, o professor Hamison dos Santos Nins, ainda estar solto. “Infelizmente o caso continua na Justiça e na delegacia parado. Chegou para a promotoria da Serra, mas foi devolvido para a delegacia aqui de Barro Vermelho (DHPP)”, declarou.

O assessor de comunicação e pai da jovem tem medo do caso cair no esquecimento. “A manifestação aqui é para lembrar as autoridades que estão aí para exercer essa função e para que deem alguma resposta à sociedade”, declarou.

CAUSA DA MORTE

A jornalista teve uma parada cardíaca antes de chegar ao hospital. Na unidade de saúde, ela teve mais duas paradas cardíacas, sendo a terceira na madrugada do dia 27 de março, quando Ana não resistiu e morreu. O laudo pericial não aponta o que provocou a asfixia dela.

Na época, o pai da jornalista, o assessor de comunicação Cléber Sabino, havia dito que não acreditava na hipótese de suicídio. “Não acredito que minha filha tenha atentado contra a própria vida. Ela era uma menina alegre, sempre teve respeito por todas as pessoas, era equilibrada e compreensiva. Não tomava remédios ou mesmo apresentava quadros depressivos”, afirmou.

A jovem havia se formado recentemente na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e pretendia concorrer a uma vaga de Mestrado. 

O OUTRO LADO

Procurada, a defesa de Hamison afirmou estar tranquila e confiante com a conclusão do inquérito policial. "O inquérito policial está caminhando e temos que esperar a conclusão. Confio na investigação da polícia. Estamos tranquilos e confiante, com a certeza da inocência do Hamison", afirmou a advogada Elisangela Leite Melo.

O  bibliotecário Hamerson dos Santos Nins, 32 anos, irmão do professor, acredita que ele está sendo vítima de uma injustiça. "É muito injusto o que estão fazendo com ele. A Ana tinha problemas familiares que causavam um estresse emocional que pode ter criado um ambiente psicológico que a levou a um suicídio. Mas a família não quer aceitar isso e prefere jogar essa culpa para meu irmão", diz.  

 O QUE DIZ A POLÍCIA

A Polícia Civil informa que o caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM). Informações adicionais serão repassadas após a conclusão do Inquérito Policial, para não atrapalhar a apuração dos fatos.

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A Polícia conta com a colaboração da população e qualquer contribuição para identificação de suspeitos podem ser feitas por meio do Disque-Denúncia 181 ou pelo disquedenuncia181.es.gov.br, onde é possível a pessoa anexar imagens e vídeos de ações criminosas.

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