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'O lugar dele é na cadeia', diz filha ao acusar pai de pôr fogo em casa

"O lugar dele é na cadeia", diz filha ao acusar pai de pôr fogo em casa

Aline da Silva Oliveira, de 30 anos, conta que o pai é alcoólatra e usuário de drogas, e que já teria ameaçado de morte outros familiares

Publicado em 4 de março de 2019 às 14:44

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Aline da Silva Oliveira, filha do porteiro que colocou fogo em casa na Serra. (Ricardo Medeiros)

"Nunca mais quero ver ele na minha frente". A afirmação é de Aline da Silva Oliveira, de 30 anos, filha de Jailson Vicente Oliveira, 49 anos, o porteiro suspeito de ter colocado fogo em casa por não aceitar a separação. Aline acusa o pai pelo crime cometido na madrugada desta segunda-feira (04), no bairro Novo Horizonte, na Serra. Em um forte desabafo, ela conta que Jailson é alcoólatra e usuário de drogas, e que já teria ameaçado de morte outros familiares. 

Prisão

"Acabou, ele para mim morreu. Ele vai apodrecer na cadeia se depender de mim, e ele só tem eu de filha. Ele pode me esquecer, vai mofar, morrer na cadeia. Nunca mais quero ver ele na minha frente pelo que ele fez com a minha família". 

Drogas e álcool 

"Eu sempre falava com ele: 'pai me escuta, muda de vida'. Ele escolheu isso para vida dele, o destino dele é esse. Vamos esperar por justiça agora. Ele é usuário de droga, alcoólatra, hoje em dia ele fica na rua, na casa de um e de outro. Ele esteve na casa da minha tia e falou que vai matar ela também. Ele está assim. Vou falar para ela dar queixa também".

Agressividade

"Ele é uma pessoa perigosa, agressiva, ninguém da minha família aceita ele. A minha vó é de idade, também está passando mal por causa dele. Ele tem feito muitos furtos na família. Então ele tem que ir para cadeia, aqui na sociedade não dá para ele ficar mais. O lugar dele é na cadeia".

O CRIME

Quatro pessoas estavam na casa quando o porteiro colocou fogo no local, dentre elas uma grávida de seis meses. Todos pularam de uma altura de cerca de quatro metros para escapar das chamas.

Policiais civis contaram que o suspeito chegou ao imóvel por volta da meia-noite desta segunda-feira (04) com a intenção de reatar o casamento. De acordo com a polícia, Luciana Gregório da Silva, 47 anos, que trabalha como auxiliar de serviços gerais, não aceitou o retorno, mas permitiu que o suspeito dormisse no sofá, no primeiro andar da casa.

Por volta das 4h, o ex-marido acordou, ateou fogo em um móvel da casa e fugiu. A jovem grávida acordou com o cheiro da fumaça e começou a gritar. A dona da casa, uma adolescente de 14 anos, o marido da grávida, um adolescente de 17 anos, e a grávida pularam de uma altura de cerca de 4 metros.

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O suspeito fugiu. As vítimas ficaram feridas com o impacto da queda. Todas foram levadas para o Hospital Jayme Santos Neves, na Serra.

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