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Polícia acredita que agressor de Jane Cherubim teve ajuda para fugir

Polícia acredita que agressor de Jane Cherubim teve ajuda para fugir

Delegado que está à frente do caso conversou com a reportagem do Gazeta Online; polícia também não descarta estupro

Publicado em 7 de março de 2019 às 19:12

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Ricarte Teixeira, delegado titular de Alegre . (Geizy Gomes | Gazeta Online)

O delegado titular do município de Alegre, Ricarte Teixeira, que está à frente do Caso Jane Cherubim e investiga o crime em o agressor Jonas Amaral, de 34 anos, espancou a namorada, de 36 anos, quase até a morte, informou ao Gazeta Online nesta quinta-feira (7) que acredita que o vendedor tenha recebido ajuda de terceiros para deixar o local do espancamento, que aconteceu na madrugada de segunda-feira (4). 

Jane foi encontrada seminua em Pedra Menina, localidade de Dores do Rio Preto, na Região do Caparaó. Ainda na terça-feira (5), o delegado Ricarte Teixeira já havia pedido um mandado de prisão contra o homem, que, até então, está foragido da Justiça.

"No desdobramento disso tudo, ainda tem o crime de favorecimento pessoal, além da vários outros crimes que são investigados. O crime de favorecimento pessoal é quando alguém auxilia o acusado a fugir do local, da polícia. Pelo local em que o carro de Jonas foi abandonado, nos dá a entender que ele foi auxiliado por alguém. Ele não fugiu a pé. Por que abandonaria o carro ali?", indagou.

Jane Cherubim, espancada, torturada e abandonada em uma estrada na região do Caparaó, Espírito Santo. As imagens foram cedidas pela família. ( Reprodução/Arquivo Pessoal)

Além da agressão e do crime de favorecimento pessoal, a polícia também investiga se houve estupro, já que Jane foi encontrada sem as roupas íntimas. "Ainda não temos a certeza dessa informação, ela comentou alguns detalhes por alto, que é o que já falamos. A polícia não pode ir até o hospital porque ela inspira cuidados. Tudo leva a crer que isso pode ter ocorrido, porque ela foi encontrada seminua, mas só exames vão apontar", completou Ricarte.

De acordo com o delegado, a prioridade, agora, é encontrar Jonas Amaral e prendê-lo. Ricarte conta que espera que o agressor tenha bom senso e se apresente para responder o processo e, posteriormente, aguardar a decisão da Justiça.

Aspas de citação

Os policiais estão direto na rua, estamos com o apoio da Polícia Militar e Polícia Civil de Minas Gerais. Ele estão mantendo contato direto com a gente, estão no meio do mato, e nós também estamos

Delegado Ricarte Teixeira
Aspas de citação

Ricarte Teixeira frisa o pedido de que as pessoas denunciem anonimamente pelo 181, que é o Disque-Denúncia. Por meio do canal, duas informações já chegaram.

Jonas Amaral, acusado de espancar a namorada em Dores do Rio Preto . (Reprodução/Instagram)

"Temos que selecionar o que pode ser dito para que não atrapalhe as investigações. A imprensa está nos ajudando muito. Acreditamos que vamos prendê-lo em breve, estamos recebendo denúncias anônimas da possível localização do acusado, e todas as denúncias estão sendo checadas", concluiu o delegado.

AGRESSOR LIGOU PARA O PAI DEPOIS DO CRIME

O pai do vendedor Jonas Amaral informou em boletim de ocorrência que o filho telefonou para ele dizendo que "sua vida não valia mais nada", logo após cometer o crime na madrugada de segunda-feira (4) em Pedra Menina, localidade de Dores do Rio Preto, na Região do Caparaó. 

Após a fala, o agressor teria se despedido do pai sem dar mais detalhes do que havia acontecido. As informações são da Polícia Militar do Espírito Santo.

O delegado de Alegre, Ricarte Teixeira, que está à frente do caso, foi à casa do pai do Jonas, em Espera Feliz, Minas Gerais, nesta quarta-feira (6). O pai foi orientado a falar para o filho se entregar à polícia, caso faça contato novamente com a família.

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"É um crime que causou muita comoção e revolta, de modo que uma pessoa mais exaltada pode querer fazer justiça com as próprias mãos. O aconselhamos a falar para que o filho se entregue, passei até o meu número pessoal caso ele queira se entregar. É o melhor a ser feito", disse.

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