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Casal de pastores é preso acusado de mandar matar homem em Guarapari

Casal de pastores é preso acusado de mandar matar homem em Guarapari

Ediana Luzia Frontini, de 46 anos, e o marido dela, Adriano Welten Faiolli, de 36 anos, são investigados por contratar Wellington da Silva Gomes para matar um ex-funcionário, Luciano Pessote

Publicado em 5 de abril de 2019 às 15:48

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Ediana Luzia Frontini, de 46 anos, e o marido Adriano Welten Faiolli, de 36 anos, foram presos acusados de mandar matar o trabalhador rural Luciano Pessote, de 42 anos, em março do ano passado. (Reprodução/Facebook)

Um casal de pastores foi preso nesta quinta-feira (4) acusado de contratar Wellington da Silva Gomes, de 34 anos, para matar o trabalhador rural Luciano Pessote, de 42 anos. O crime aconteceu no dia 7 de março do ano passado no distrito de Deserto, em Guarapari A polícia acredita que tudo tenha acontecido para que os acusados conseguissem uma parte de um terreno que havia sido dividido entre eles.

Segundo o delegado Franco Malini, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa de Guarapari, a polícia investiga o caso desde o ano passado.

Malini disse que os pastores, identificados como Ediana Luzia Frontini, de 46 anos, e o marido dela, Adriano Welten Faiolli, de 36 anos, tinham uma dívida trabalhista com a vítima e que havia um terreno em Guarapari que foi dividido e passado para Luciano como forma de quitar essa dívida.

PASTORES PREJUDICAVAM A VÍTIMA

Na época, tanto o casal de pastores, quanto Luciano, a mulher e o filho dele, um bebê que hoje tem pouco mais de um ano, moravam no terreno. O delegado explica que Ediana e Adriano não queriam mais que Luciano tivesse a parte do terreno e começaram a dificultar a moradia, chegando a cortar água e luz da casa da vítima.

"Luciano morava com a esposa e um filho de pouco mais de um mês quando foi morto. Inclusive, no dia em que o crime aconteceu, ele havia levado a criança para fazer o teste do pezinho. Não conseguimos comprovar o pagamento do serviço (assassinato), mas a ligação entre o crime e os pastores foi comprovado porque eles pagaram o advogado de Wellington, mesmo alegando não tendo vínculos com ele", afirmou o delegado Franco Malini.

Vendo que Luciano não saía do local, os pastores contrataram Wellington e o fizeram se passar por trabalhador rural, que iria ajudar nos serviços. Depois de cerca de um mês no local, Wellington, como explica a polícia, armou uma tocaia para matar Luciano.

O CRIME

A vítima estava em uma moto, voltando para casa, quando Wellington o encontrou no meio do caminho, e armado, atirou em Luciano e o espancou. À polícia, na época, o assassino chegou a dizer que agiu em legítima defesa e que Luciano estaria armado, mas tanto essa suposta arma, quanto a arma do crime nunca foram encontradas.

"Em pouco tempo na propriedade, cerca de um mês, ele (Wellington) chegou até a registrar um boletim de ocorrência contra Luciano na delegacia de Domingos Martins. Acreditamos que tenha sido para armar um campo e, como ele fez depois, alegar legítima defesa, mas no exame cadavérico ficou confirmado que a vítima foi espancada e também levou um tiro. Wellington disse que Luciano estava armado e que ele mesmo havia jogado a arma no mato, mas nós nunca encontramos arma nenhuma", disse Malini.

PRISÃO

Os pastores venderam a propriedade na região de Deserto e foram morar na igreja Assembleia de Deus Ministério Semeando Fogo, que abriram em Venda Nova do Imigrante, onde foram presos. Wellington estava trabalhando em uma propriedade rural no distrito de Paraju quando foi detido pela polícia. A Polícia Civil agora tem 30 dias para concluir o inquérito. O casal e o acusado estão presos na CDP de Guarapari.

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