Uma estudante e influenciadora digital de 21 anos, moradora de Vitória, foi indiciada pela Polícia Civil por estelionato. Ela é investigada por revender calçados na internet, pelo Instagram, e não entregar os produtos aos clientes. A suspeita vai responder a acusação em liberdade.
Os casos teriam ocorrido em 2017. No entanto, a polícia ainda não tem conhecimento do número de supostas vítimas e o prejuízo causado. Apenas duas denúncias foram registradas pela polícia até agora. Uma delas no Rio de Janeiro e outra no Espírito Santo.
O delegado responsável pelo caso, Brenno Andrade, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos, informou que a primeira denúncia contra a influenciadora foi feita em junho de 2017.
Na ocasião, uma adolescente comprou com a estudante quatro pares de tênis e pagou R$ 400 pelos produtos. Porém, não recebeu a encomenda. A vítima entrou em contato com ela e recebia a resposta de que o produto já havia sido enviado. Mas, nunca apresentou o código de rastreio do produto. Depois, disse que teve problemas com a fornecedora da mercadoria e que também havia sido lesada por essa suposta vendedora, disse Brenno.
O caso foi registrado na Vara Cível e um processo contra a estudante foi aberto. A mãe da adolescente fingiu ser uma outra compradora interessada no mesmo produto e entrou em contato com a estudante, se dizendo interessada na venda.
Ela continuou negociando normalmente com a mãe da vítima, o mesmo produto. Isso demonstra má fé. Se ela alegou que foi lesada pela vendedora do produto e sabia que não teria como entregar os tênis, porque continuou vendendo e anunciando os produtos? Neste caso, cabe um processo criminal por estelionato, explicou o delegado Brenno Andrade.
PROCESSOS
De acordo com o delegado, processos foram abertos contra a influenciadora digital no ano de 2017, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Espírito Santo.
A estudante foi até a polícia e prestou depoimento. Ela disse que quem enviava os produtos diretamente para os clientes era uma outra mulher e que foi lesada por essa vendedora. Chegou a apresentar os prints das negociações. Num deles, inclusive, chamava a suposta negociante de caloteira, disse Brenno.
A estudante disse ainda que chegou a ressarcir e devolver o dinheiro de alguns clientes. Porém, disse não se recordar de quantos foram.
No início de 2018, a estudante cancelou o perfil no Instagram onde anunciava a vendas dos calçados e parou de revender os produtos, segundo o delegado.
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