A polícia concluiu o inquérito sobre a investigação da morte do vidraceiro Emerson Reis, de 43 anos, dentro do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam), em Maruípe, Vitória, em outubro de 2018. Mas embora o laudo cadavérico aponte asfixia mecânica como causa da morte, o Ministério Público devolveu o inquérito para a polícia, solicitando novas diligências.
O caso aconteceu na madrugada do dia 12 de outubro de 2018. Na época, investigadores da Polícia Civil informaram que Emerson teria gritado que estava sendo perseguido e chegou a exigir a arma de um vigilante armado. Ao ser ameaçado de ir preso, o vidraceiro correu em direção ao prédio de dermatologia, que estava trancado naquele horário.
Na versão dada por um vigilante, Emerson teria tentado quebrar o vidro da porta. Ele teria entrado no local e se jogado de cabeça de uma janela, caindo sobre um banco. Os seguranças o levaram para o ponto-socorro, mas Emerson já deu entrada morto.
No dia da morte, familiares de Emerson contestaram a versão dada pelo hospital, afirmando que não acreditavam que o vidraceiro havia se jogado da janela. No laudo cadavérico de Emerson, os peritos apontam a causa da morte como asfixia mecânica por compressão extrínseca de vias aéreas.
Procurada, a Polícia Civil informou que o inquérito foi concluído e o Ministério Público mandou de volta solicitando novas diligências. "Está sendo averiguado a incidência de homicídio culposo", disse a PC, por meio de nota.
SEGURANÇAS AFASTADOS
Já o Hucam, disse por nota que desde o dia do caso afastou os seguranças envolvidos e vem colaborado com as investigações policiais, fornecendo informações e imagens de circuito de monitoramento.
"O Hospital se solidariza com a família de Emerson Reis. Diante dos fatos apresentados, o Hucam tomará de imediato todas as medidas cabíveis em contrato com a empresa terceirizada, inclusive o afastamento de todos os seguranças envolvidos na investigação. Concomitantemente, um termo de referência já foi confeccionado para contratação de uma nova empresa de segurança", disse a nota.
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