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Sindicalista confessa assassinato dentro de bar em Cariacica

Sindicalista confessa assassinato dentro de bar em Cariacica

O acusado apresentou-se à polícia na tarde desta segunda-feira (22), prestou depoimento e foi liberado em seguida, por ter saído do período de flagrante

Publicado em 22 de abril de 2019 às 22:10

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Constantes apelidos e brincadeiras de mau gosto. Essa foi a motivação apresentada pelo sindicalista de 49 anos por matar a tiros o ajudante de caminhoneiro André Lírio dos Santos, de 50 anos, na manhã do último domingo, em um bar de Vale dos Reis, bairro de Cariacica. O acusado apresentou-se à polícia na tarde desta segunda-feira (22), prestou depoimento e foi liberado em seguida.

O crime aconteceu quando André Lírio estava com amigos em um bar. Câmeras de segurança mostraram o momento que o sindicalista, identificado pela polícia apenas como J.F.P.F., entra no bar, saca uma arma e atira na direção de André três vezes à queima-roupa. Cerca de dez pessoas estavam próximas da vítima, havendo desespero e correria entre as testemunhas. Após o crime, o acusado saiu do bar correndo.André chegou a ser socorrido por amigos para o PA da região, mas não resistiu e morreu.

VEJA VÍDEO DO CRIME

 

De acordo com informações da polícia, o crime aconteceu a 50 metros da casa do autor dos disparos. Na ocasião, a polícia chegou a informar que o motivo do crime poderia ser uma rixa que a vítima e o acusado tinham há anos, pois os dois brigavam constantemente quando se encontravam no bar.

PROVOCAÇÕES

A suspeita da motivação foi confirmada na manhã desta segunda-feira (22), quando o sindicalista, que é um dos diretores jurídicos do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários), se apresentou espontaneamente à polícia. De acordo com o advogado do acusado, Renato Gasparini Miranda, o sindicalista foi ao bar como cliente comprar uma cerveja, quando se deparou com a vítima.

“Ele agiu sob violenta emoção por uma injusta provocação. A vítima já vinha o provocando há algum tempo e ele agiu no impulso. Eram provocações de cunho moral. A vítima não cessava de implicar com ele e começou o problema entre os dois. Ele ainda estava passando por outros problemas familiares, com a esposa enfrentando um câncer. Um dia antes, no sábado, eles tiveram mais uma discussão”, disse Miranda.

O advogado completou que o crime não diz respeito a atividade sindical do acusado. Ele ainda contou que o sindicalista está arrependido.  “Ele não é bandido. É uma pessoa de bem, tem trabalho, família, é conhecido. Ele nem pensou em fugir. Por ele, ele se entregaria logo após o crime. Ele não dormiu. Está arrependido, colaborando com a investigação e entregou a arma do crime”, disse.

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O corpo da vítima continua no DML aguardando por reconhecimento de familiares.

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